“GatoFerj”: STJD vai julgar presidente Mario Bittencourt
O STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) marcou para a próxima quinta-feira (17), às 14h, o julgamento do presidente do Fluminense, Mario Bittencourt. O mandatário tricolor vai responder pelo episódio que ficou conhecido como “GatoFerj“, ainda no Campeonato Carioca 2020. Inicialmente, o seria no TJD-RJ, mas a defesa do presidente obteve uma liminar levando para mudar a instância.
Mário Bittencourt teceu duras críticas à Ferj após a Entidade apoiar o Flamengo em uma possível transmissão da final da Taça Rio. Na ocasião, a Federação tentou anular o sorteio que definiu o Fluminense como mandante da partida. Que reservava ao Flu, os direitos de transmissão do confronto de acordo com a MP do Mandante. O dirigente então se pronunciou através de uma rede social poucas horas antes do início do jogo.
“A FERJ, assim como os que furtam sinais de TV, criou neste episódio a “GATOFERJ”, tentando furtar a transmissão do Fluminense. Em síntese, mais uma vergonha perpetrada pelo grupo que destrói o futebol do Rio de Janeiro há décadas”, escreveu Mário Bittencourt na ocasião.
Por conta dessa postagem, o presidente foi denunciado nos artigos 258, 258-D, 243-F e 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva.
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- Art. 258: “conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva”;
- Art. 258-D: estende a denúncia a Instituição representada, ou seja, o Fluminense;
- Art. 243-F: “ofender alguém em sua honra”;
- Art. 243-G: “praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência”
O presidente pode arcar com uma multa de R$ 100 a R$ 200 mil reais. Além de ser suspenso por até 630 dias em caso de derrota nos tribunais. Antes, a defesa do presidente tentava a anulação do processo, mas não obteve êxito no processo.
Além do STJD, Mário Bittencourt também está envolvido em outros processos

O STJD não é única preocupação do presidente Mario Bittencourt. Pelo menos em relação ao episódio do “GatoFerj”. Isso porque o mandatário também responde a processos na Vara Cível.
O mandatário responde, por exemplo, na 24ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Neste, os dirigentes da FERJ pedem indenização de R$ 50 mil reais, mais compensações pela postagem do presidente. Além de mais três queixas-crime feitas por diretores da Entidade na 5ª Vara Criminal do Foro Central da Comarca do Rio de Janeiro por “calúnia, difamação e injúria”.