Marcelo e Calegari – a história de um é o caminho do outro
Marcelo é uma referência de lateral para o mundo todo. A rapidez de sua ascensão, de Xerém para o mundo, é a inspiração para milhares de jovens que sonham em se tornar profissionais do futebol. Sobretudo, para os jovens laterais tricolores, que almejam seguir seus passos e alçar voos mundiais. Revelado nas categorias de base de Xerém, o jogador foi promovido aos profissionais em 2005, com apenas 17 anos, pelo técnico Abel Braga – treinador do Flu na época. E não demorou muito para se firmar no time e assumir a titularidade da ala canhota tricolor. Mas, assim como uma atual jovem promessa da base, Marcelo chegou em Xerém atuando em outra posição: de centroavante:
“Ele chegou aqui no finalzinho de 2002 vindo do futsal, veio um pouco mais tarde que o comum, com uns 13, 14 anos. Foi indicado pra ser centroavante. O treinador era o Alexandre Gama, que sugeriu que o Marcelo jogasse na lateral-esquerda pela facilidade de drible e porque não tínhamos um lateral de qualidade. Em menos de duas semanas ele já era titular, nunca foi reserva. Na primeira competição foi observado pela seleção e na segunda foi chamado pra defender o país – disse André Medeiros, coordenador das categorias de base do Fluminense na época, em entrevista à ESPN.
O destaque do lateral foi tamanho que, já no ano seguinte, foi negociado com o Real Madrid (onde se mantém até hoje), para substituir Roberto Carlos, dono da ala canhota madrilenha por uma década e multi-campeão pelo clube e seleção brasileira.
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E hoje, um outro jogador vive situação parecida: Lucas Calegari. O jogador também chegou em Xerém com “status” de atacante, acabou se descobrindo como volante. No clube desde os 12 anos, Calegari abriu mão de ser um homem-gol e se transformou em um jogador polivalente, o que é muito bem visto pela comissão técnica, e raro hoje em dia. Com cinco anos de casa, ele já atuou, e foi ganhando experiência, em diversas posições. Hoje, é visto como um grande trunfo tricolor na lateral direita. O jogador estendeu seu vínculo com o Fluminense até 2025, com multa rescisória de 40 milhões de euros:
“Cheguei no Fluminense e o treinador falou que queria me treinar de volante, porque era uma posição que estavam precisando na época. Me esforcei e consegui virar um camisa 5. Até 2016, quando passei para a lateral direita. Ganhei sequência e deu certo. Hoje, posso jogar de volante, lateral, meia. Tenho muito vigor físico e uma técnica boa também. Procuro caprichar na saída de bola quando jogo pelo meio e sair em velocidade. Também gosto de arriscar para o gol de média e longa distância” – contou ao GloboEsporte.com, no final de 2019.
Aos 18 anos, um a mais do que Marcelo, Calegari estreou nos profissionais diante do Botafogo – no primeiro amistoso entre as equipes – e agradou a torcida. Se não conseguiu fazer uma apresentação de gala, mostrou muito comprometimento tático e ainda salvou uma bola em cima da linha, acreditando na jogada até os momentos finais. Com a saída de Gilberto, seu nome ganhou força nas redes sociais, para assumir a ala direita da equipe.
Na concorrência pela posição de titular, outras “crias de Xerém”: Diogo, Daniel Lima, Wisney e Guilherme são nomes ainda um tanto desconhecidos da torcida tricolor, mas que vem treinando no CTCC juntamente com os profissionais, ou ainda integrando a equipe sub-23. Igor Julião, outro “moleque” de Xerém e Hudson, que pode ser improvisado por ali, são as opções para o técnico Odair Hellmann.
O jogo de estreia está marcado para o próximo domingo, dia 09. Até lá, serão mais três treinos (contando com o de hoje) para Odair Hellmann fechar o time.
2002 chegava em Xerém uma promessa de atacante, que hoje é considerado um dos melhores laterais do mundo.
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ST
Foto de Capa: Lucas Merçon/ FFC