Taça Didi: Relembre a passagem do Gênio da Folha Seca pelo Flu

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Fluminense e Botafogo se enfrentam neste sábado (01), às 17h, pela Taça Didi. As duas equipes realizam o segundo amistoso entre as duas equipes. E o Saudações aproveita para relembrar a passagem do Gênio da Folha Seca pelo Tricolor.

Príncipe Etíope de Rancho para o cronista e tricolor Nelson Rodrigues, Mr. Football para a imprensa europeia, Didi foi, assim como o outro homenageado, Gérson, um maiores gênios da história. O craque, que inventou o chute conhecido como “Folha Seca”, a bola que vai descaindo mansamente para o gol, também foi eleito somente o melhor jogador da Copa do Mundo de 1958 e um dos destaques do bicampeonato mundial do Brasil na Copa de 1962.

Waldir Pereira, mais conhecido como Didi, foi revelado pelo Americano. Mas foi no Fluminense que o meia viveu um dos melhores momentos da carreira.

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Destaque sobretudo pela qualidade técnica e pela elegância nos gramados — que lhe renderam o apelido de Príncipe Etíope — Didi foi o grande maestro do Flu durante os sete anos que atuou em Laranjeiras. Ao todo, foram 298 partidas disputadas e 91 gols marcados pelo Tricolor.

Enquanto atuava pelo seu clube de coração, o Gênio da Folha Seca também foi responsável por anotar, em 1950, o primeiro gol da Seleção Brasileira no recém-inaugurado Maracanã. Repetindo a primazia dos tricolores Oswaldo Gomes, autor do primeiro gol da história da Seleção, em 1914, e Preguinho, que anotou pela primeira vez balançou as redes para o Brasil em Copas do Mundo, no ano de 1930.

Mas, antes de ser campeão do mundo pela Seleção Brasileira em 1958, o meia fez parte do time campeão da Copa Rio de 1952, considerado o Mundial da época. Além disso, o craque já havia conquistado o Campeonato Carioca de 1951.

Didi como treinador

Em 1956, Didi deixou o Fluminense para atuar justamente pelo Botafogo. Mas esta não seria a última que o Gênio da Folha Seca e a torcida tricolor se encontrariam.

O ex-meia retornou ao clube em 1975 para ser o treinador da Máquina Tricolor de Laranjeiras. Responsável comandar craques como, por exemplo, Edinho, Carlos Alberto Pintinho, Paulo Cesar Caju, Roberto Rivellino, Búfalo Gil e Narciso Doval, o técnico conquistou o Campeonato Carioca de 1975 e 0 Torneio Viña Del Mar, em 1976 no Chile.

Didi faleceu em 2001, aos 72 anos, em decorrência de um câncer que comprometeu seu figado, diafragma e colo. Mas o ex-jogador e ex-treinador está registrado para sempre na história e no coração da torcida do Fluminense.


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Lucas Meireles

Jornalista formado pela UFRRJ, apaixonado por esportes e pelas boas histórias.