É BOM PARAR POR AQUI (MARIO NETO)
Até a hora que escrevo este artigo não sabemos o time que Odair Hellmann colocará em campo contra o Botafogo, logo mais no Mario Filho. Só espero que ele não escale o mesmo time que jogou contra o Union La Calera na terça-feira, um show de erros imperdoáveis, cujo empate em casa pode ter custado muito para o futuro do Fluminense já neste começo de ano, além de ter sido um vexame daqueles. Até agora não entendi e não engoli a escalação que Odair Hellmann colocou em campo, um absurdo. Não sei o que foi pior: jogar com três volantes, volantões mesmo, ou colocar o Miguel como falso centro avante, o que custou ao garoto a sua pior atuação e as primeiras vaias, se bem que poucas, na sua carreira como profissional. É bom deixar claro que ele fez o que pode: correu, brigou, perdeu gol. Ele não teve culpa de nada. Aliás, agora virou moda escalar fulano ou beltrano como um falso nove. Não é assim que a banda toca. Quase ninguém, ou pouquíssimos jogadores são como o genial Roberto Fermino para desempenhar esta função com qualidade absurda. Outro que faz bem esta função, embora não tão brilhantemente como Firmino, é o Soares do Barcelona.
Segundo o noticiário tricolor, o Odair Hellmann terá pela primeira vez desde que chegou ao clube todo elenco a sua disposição, ou seja, não pode mais se “agarrar” aos desfalques. Isto quer dizer que não tem mais como justificar o absurdo da escalação,por exemplo, do Matheus Alessandro como titular (impressionante como este jogador não acerta nada, desde muito pode ser no máximo e com muita boa vontade um reserva razoável para poucas situações) e nem o Miguel na frente. O titular nesta posição chama-se Evanilson. Outra coisa: já escrevi dezenas de vezes que no atual estágio da equipe tricolor é o Paulo Henrique Ganso, titular absoluto e mais dez. Ninguém no time tem a qualidade de passe dele. Hoje será uma ótima oportunidade de escalá-lo como titular, pra ele ganhar ritmo. Será importantíssimo na partida de volta contra o Union Lá Calera. Pois tudo indica que já jogaremos hoje classificados para as semifinais.
Enfim, tomara que vejamos hoje no Mario Filho o oposto do que presenciamos na última terça-feira: no mínimo um futebol razoável por nossa parte. Torna-se obrigação depois do vexame do futebol ridículo apresentado na estréia na Sul-americana. Chega de três volantes que não possuem passes de mais de dois metros. O Hudson, apesar de ter errado quase tudo na última partida, no meu Fluminense seria titular, assim como o Yuri. Henrique e Dodi hoje seriam boas opções.