ONTEM, HOJE E AMANHÃ (MARIO NETO)

Tudo que a torcida tricolor espera e deseja, isso eu posso garantir, com toda certeza, é que o sofrimento passe ao longo destes últimos quatro anos fatídicos, quando literalmente brigamos, as duras penas, o tempo todo, para ficarmos na primeira divisão do campeonato brasileiro. Fomos salvos duas vezes graças à fragilidade dos outros times. Nas Copas do Brasil, também fracassamos feio, não me lembro de ter passado da fase das oitavas de final nenhuma vez. Tivemos dois pequenos sucessos na taça Sul Americana, apenas isso, o que não é nada para estes quatro anos, não melhora em nada as nossas estatísticas. Nos campeonatos cariocas, bem, é bom deixar isso para lá. Estes dados terríveis e vexaminosos podem e devem ser creditados às administrações dos presidentes Peter Siemsen, (notadamente no seu segundo mandato) e do Sr Pedro Abad, o pior Presidente de toda a história do Fluminense disparado, superando de longe, até então o imbatível, neste quesito, o Sr. Gil Carneiro de Mendonça no final dos anos noventa, que fez de tudo para acabar com o futebol no clube.

Depois de seis meses, se tanto, esta administração começa hoje realmente o seu trabalho. Por uma questão de justiça neste pouco tempo de gestão, já fez muito mais do que as anteriores nos últimos quatro anos. Colocou os salários em dia, desbloqueou uma quantia exorbitante que estava presa, mudou o fornecedor de uniformes e por aí vai. Mas agora vem a parte mais dura, por mais incrível que possa parecer: fazer um time para não passarmos por tanto sofrimento, como tem acontecido. Uma tarefa árdua, pois ainda estamos na fase de ver quem fica e quem sai do clube, com muitas negociações pela frente. Por enquanto o Tricolor tem “certo” no seu elenco dois goleiros, o Muriel e o Marcos Felipe, o Gilberto, o Matheus Ferraz, o Nino, o Yuri, Marcos Paulo, Ganso, Nene e o Pablo Dyego. Talvez mais um ou outro. O Allan quer ficar, mas trata-se se uma negociação complicada que ainda levará algumas semanas no mínimo e o Caio Henrique tem propostas de outros times, como o Grêmio, entre eles. São dois jogadores importantíssimos para o futuro do time.

Quanto ao amanhã, como diz o samba da União da Ilha: “como será o amanhã, responda quem puder, o que irá me acontecer, o meu destino será como Deus quiser”.. Diz o ditado: a esperança é a última que morre. Bem, fizemos o possível e o impossível para matá-la, nestes últimos anos. Tomara que, pelo menos, neste ano fiquemos na primeira página da tabela, ou seja, entre os dez primeiros do Campeonato Brasileiro. Quanto à minha esperança, ela está um pouco adormecida. Depois de termos um time , quem sabe quase um elenco aí sim posso analisar a contratação e o que podemos esperar do novo tácnico Odair Hellmann.

ST

Mário Neto