Mas e o Oswaldo, hein?

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Oswaldo de Oliveira chegou, assumiu o Flu no meio das decisões pela Sul-Americana, viu o Marcão comandar o primeiro empate – ele já havia participado dos treinamentos – e ele mesmo estreou com outro empate, só que agora no Maraca e com gols, resultado que nos eliminou da competição. Sob vaias e gritos de “burro” o treinador foi para a sua primeira coletiva pós-jogo, tendo que explicar o que esperava do time. Oswaldo disse que o Flu precisaria ser mais precavido diante do Corinthians, o que gerou ainda mais descontentamento dos tricolores.

Na sequência, uma derrota no estilo Diniz. Flu finalizou 24 vezes, sendo 10 com direção, e no final sofreu um gol. Mais contestações da torcida em cima do treinador, que foi para Fortaleza pressionado. Lá, Muriel salvou o Flu do pior e João Pedro colocou o Flu na melhor. Vitória por 1 x 0 e um pouco mais de alívio para o time. Flu finalizou 19 bolas, mas sofreu no balanço defensivo.

Já no jogo contra o Palmeiras, a pior exibição do time, sob o comando de Oswaldo. Com um meio muito exposto, o Flu foi muito mal no jogo e acabou sendo derrotado por 3 x 0 e a onda de pessimismo e agonia tomou conta, mais uma vez, de grande parte da galera tricolor.

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Isso potencializado pelos rumores espalhados por aí de que o treinador teria métodos “arcaicos” de treinamento, de que teria se desentendido com Ganso, que Celso trouxe instabilidade ao elenco, Mário estaria sendo omisso, e que os dois estariam em rota de colisão – sabemos o quanto parte da imprensa adora um momento ruim do Flu para se esbaldar.

Passada a turbulência, Oswaldo monta um time mais robusto defensivamente para poder colocar seus dois meias mais experientes para jogar. Yuri e Allan fizeram a dupla de volantes, pela primeira vez jogando nessa formação, e foram bem. Meio óbvio dizer que precisam ganhar entrosamento por ali, pois só assim começarão a diminuir ainda mais os espaços e correr com mais inteligência. Ganso jogou mais centralizado, sem tanta obrigação de marcar, e rendeu mais. Nene foi muito deslocado para a ponta direita, acabou não rendendo o que poderia, mas correu muito e continua surpreendendo muita gente que ainda duvidada de seu futebol. João Pedro e um irreconhecível Yony fizeram a dupla de ataque, De novo, óbvio que precisam de mais tempo para entenderem como pode, e vai, melhorar esse sistema ofensivo. Mas o mais importante veio: Flu venceu o Corinthians e deu adeus ao Z4.

O fato é que Oswaldo chegou e mudou o aproveitamento da equipe:

Foram 6 jogos, ao todo:
2 vitórias – 33,3% (Fortaleza e Corinthians)
2 empates – 33,3% (Dois jogos contra o Corinthians)*
2 derrotas – 33,3% (Avaí e Palmeiras)

Total: 44%

*primeiro jogo oficialmente Marcão era o treinador interino, mas Oswaldo já havia assumido as rédeas.

No brasileirão, foram 4 jogos:
2 vitórias – 50%
2 derrotas – 50%

E esse é o aproveitamento que tirará o Flu dessa enrascada. Na próxima semana, a chance de ouro para o treinador consolidar esse novo Fluminense e trazer mais três pontos de Goiás, contra os donos da casa. Pois com isso, o Flu ultrapassaria os mesmos e colaria em outro pelotão, junto com Vasco, Fortaleza, Goiás e Ceará, passando a lutar por posições intermediárias.

O mais importante para o treinador é trazer o torcedor para o seu lado, é conquistar a torcida, e isso se faz com vitórias e exibições mais convincentes. E para tanto, Oswaldo terá até sábado para treinar ainda mais essa formação, considerada por muitos, inclusive por ele mesmo, como a que o Flu pode se apresentar melhor.

ST

 

 


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