AME OU DEIXE-O – MARIO NETO
Claro que a situação ainda não chegou a este extremo entre a torcida tricolor e o técnico Fernando Diniz, mas ouviram-se as primeiras vaias ao time e a ele no empate ruim contra o Ceará, depois da parada obrigatória por causa da Copa América. Com a volta do Campeonato Brasileiro o Fluminense disputaria quinze pontos em casa, o que animou e muito os torcedores, para sair do sufoco em que se meteu. De cara o Fluminense enfrentou o Ceará em busca destes pontos, praticamente obrigatórios, dada sua situação terrível na tabela. Logo de cara o time decepcionou, deixou dois pontos inaceitáveis, já que contou com o apoio dos torcedores, que certamente esperavam uma atuação muito melhor do que vimos. Se formos muito radicais diríamos que foi uma apresentação medíocre. O Fluminense teve chances de gol? Algumas, mas as finalizações estão abaixo da crítica e deixando a galera com os nervos a flor da pele.
O time tem jogado “bonito”, o que vem agradando a muita gente, mesmo que este “bonito” não se reflita no resultado. Tenho um amigo irmão (acompanhamos todos os jogos do nosso time, desde o final da década de 60) que não se incomodaria caso o Fluminense passasse um perrengue nas últimas colocações, com a segundona rondando a nossa cabeça, desde que continuasse jogando bonito, o que não concordo, diga-se de passagem. A culpa, segundo ele, é dos jogadores, que erram demais. Penso diferente. É claro que o nosso elenco ainda tem muitas limitações, e diferentemente dele eu cobro do Fernando Diniz um plano B, mas ele não se convence. O que adianta ter o terceiro ataque mais positivo, poderia ser até o primeiro neste quesito, e ter a defesa mais vazada do campeonato???
Para não dizer que tudo foi péssimo nesta volta do Fluminense ao Brasileirão, Paulo Henrique Ganso teve a sua melhor atuação no campeonato contra o Ceará, aliás, faça-se justiça, ele tem sido de longe o melhor jogador do time, mas precisa de auxilio dos seus companheiros, o que não vem acontecendo. Lamentavelmente, Ganso levou o terceiro cartão amarelo e não joga sábado contra o Vasco em São Januário (que horário desgraçado, 11 da matina, coisas dos nossos pseudos dirigentes), um baita desfalque. Aliás, nosso retrospecto contra o Vasco não é dos melhores, muito pelo contrário, vai ser um sufoco daqueles certamente. É outra partida de seis pontos. Diniz pode escalar o Nenê, mas não vejo como solução. Não adianta: torcer pelo Fluminense é um teste de coração a cada rodada.