Calor fora, morno dentro…
O Flu começou o jogo tentando fazer o de sempre. Trocar passes para entrar na zaga adversária. Mas contra um Luverdense que, por muitas vezes, se posicionava atrás da linha da bola, formando um ferrolho encolhido, esperando por um contra-ataque, o tricolor encontrou sua kriptonita: retranca, com marcação baixa, sem espaços para passes mais aprofundados.
O time da casa parece ter entendido bem o esquema de jogo do Flu e se manteve atento as principais peças. Ganso era observado de perto e Luciano, quando saia para buscar o jogo, levava consigo uma sombra. E isso dificultava a vida tricolor no início do primeiro tempo. Tanto é que, até os 30 minutos, duas cabeçadas – uma para fora e outra nas mãos do goleiro – foram as melhores chances do time.
Ezequiel na canhota – a grande novidade – prendia muito a atenção de Bruno Silva por ali, mas no setor defensivo. Caio Henrique, de volta as origens, buscava a jogada, tentando imprimir ritmo mais acelerado no jogo. O Flu pressionava – muitos momentos estavam os 10 jogadores de linha no campo de ataque – mas sem lances agudos. Everaldo e Yony Gonzales encontravam um congestionamento pelos lados do ataque, o que atravancava as jogadas.
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E o primeiro lance de perigo do jogo foi deles. Numa falta cobrada rapidamente, o atacante de branco invade pela direita da defesa e bota Rodolfo para trabalhar. E o jogo seguia assim, até que Luciano volta para buscar o lance e avança, passando por três e sendo derrubado. Na cobrança de Ganso, o goleiro pega em dois tempos. E para um primeiro de tempo, com o tempo abafado, 2 minutos de acréscimos de um futebol também morno, pra frio, foi suficiente.
Na volta pro segundo tempo o panorama não muda muito. Luverdense mais fechada, buscando a sua oportunidade de ouro e o Flu meio que esperando o jogo acontecer. Ou melhor, o ritmo da meiuca tricolor era esse, ditado pelo nosso camisa 10. O time só começou a dar sinais de agressividade quando Diniz desfez a “Pardalice” (inventar como professor Pardal) e tirou Ezequiel da canhota, devolvendo Caio Henrique para lá, e Dodi entrar para compôr o meio de campo.
Caio Henrique começou a aparecer mais e o Flu deu uma leve melhorada no jogo. Inclusive foi dele a melhor oportunidade tricolor, quando passou pela canhota, recebeu um cruzamento, se ajeitou e bateu. Mas o goleiro deles estava atento e cresceu para cima do volante-lateral-ponta-meia.
E eles levavam perigo, nas arrancadas. Três jogadores do Flu ficaram amarelados, segurando o ímpeto deles. Aos 35, Diniz coloca João Pedro no lugar do isolado Yony. A atuação apagada do colombiano se dá muito mais pela inoperância da meiuca tricolor do que do próprio atacante, que se movimentou muito.
E João Pedro já entrou marcando! Numa jogada cruzada, Lucão domina a bola e se ajeita para bater, frente a frente com Rodolfo. João Pedro aparece e marca o jogador do Luverdense que iria abrir o placar. João marcou o jogador deles… como evitou um gol certo do lado de lá, é como se tivesse marcado do lado de cá!
Brincadeiras a parte, o jogo foi muito morno, literalmente. Num calor na casa dos 27°, após uma viagem desgastante, nosso time não conseguiu colocar o ritmo, que tanto Diniz gritava na beira do campo. No final, Daniel entra no lugar do Ganso, que teve uma atuação morna. Mais três minutos pro fim e só!
O Flu refaz agora o caminho para casa. Sexta se reapresenta para o único treino antes do Fla x Flu decisivo de sábado. É torcer para que a delegação consiga descansar para entrarmos bem nessa semifinal!
ST