Vamos falar de PATROCINADOR?
Sei que apareço mais por aqui para falar aos domingos. Mas vejo muitos tricolores, nas redes sociais, nos nossos e-mails, nos perguntando sobre informações a respeito de PATROCINADORES, sobretudo o chamado Patrocinador Master, aquele que estampará seu nome na parte principal do nosso centenário e tradicionalíssimo uniforme. Mas, podemos falar abertamente? Patrocinador Master não fecha a conta.
Muitos tricolores ainda se ressentem da saída da boa e velha Unimed, quando essa, em áureos e outros tempos, era presidida por Celso Barros, hoje o número 2 no Fluminense. Mas isso, meus caros tricolores, acabou há muito tempo e, salvo se vier algum tricolor cheio da grana ou um sheik árabe e seus petrodólares, dificilmente irá voltar. Os patrocínios hoje estão mais baixos do que muitos imaginam, nesse mercado em crise – até espero que em seu final de crise – que vivemos hoje no nosso país.
Marcas não pagarão 30, 40, 50 milhões por ano, para expor seus nomes nas camisas de clubes brasileiros. Não mais, e muito menos por agora. Os patrocínios hoje estão na casa dos 10-15 milhões e olhe lá. As exceções são o queridinho da mídia e o Palmeiras, que segue o exemplo do “torcedor cheio de grana” ou, como no caso, torcedora. E esses valores, no patamar que estão, pagam de 2 a 3 folhas salariais do Flu e olhe lá. O nível de investimento, com dinheiro por fora para trazer algum grande nome, deve ser realizado isoladamente. Não temos mais um “mecenas” que compra quem lhe convier – quisera eu poder acordar e noticiar que “tio” Celso contratou o Iniesta e o Ibrahimovic e que está negociando com Griezmann para 2020. Mas não, caros tricolores. Esses são velhos tempos que não voltam mais.
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Mas não se desesperem! Temos uma solução tão óbvia que fica até difícil de explicar: SÓCIO-TORCEDOR. Os clubes de hoje em dia se valem de seu principal patrimônio para formar esquadrões e se manter no topo, ou pelo menos brigando por ele. Vejam o Inter, por exemplo. Os caras têm 207.796 sócios-torcedores. Se colocarmos uma média de R$ 30,00 mensais eles faturam uma média de R$ 6 milhões mensais, ou seja, quase R$ 75 milhões anuais, maior que o patrocínio da época da UNIMED!
Isso, repita-se, é MAIOR QUE O PATROCÍNIO da época da UNIMED!
Não existe solução mágica. Não existem mais empresas dispostas a despejar milhões e milhões em clubes no Brasil, e até no mundo, de uma forma em geral – tirando as grandes potências. O que existe hoje é um remodelamento onde a força da torcida entra em campo, literalmente pagando os salários de seus jogadores. Isso está fazendo toda a diferença no mundo do futebol, e é uma coisa firme, fixa, sem possibilidade de traição. Ninguém que financia hoje seu clube de coração amanhã destinaria qualquer recurso para um outro, não é mesmo?
Outro ponto importante, é que se considerarmos o modelo atual, percebemos que o poder fica centralizado naquela que detém os direitos de imagem dos principais campeonatos brasileiros e que se põe contra qualquer iniciativa de criação de uma Liga Independente dos Clubes, que diminua a influência da CBF nos mesmos campeonatos. Com a força de suas torcidas os clubes ficam mais independentes desse sistema “prisional” onde são dependentes das cotas de TV e apáticos na hora de buscarem por novos patamares. A força da torcida traz esse gás novo, traz essa força e acaba, ou pelo menos diminui, essa dependência maldita de uma só provedora de recursos que tem, notoriamente, seus queridinhos.
Para ilustrarmos esse ponto de vista, vamos considerar que a média de valores por sócio-torcedor seja na casa dos R$ 30,00. Veja como seria a arrecadação dos clubes, com maiores quadros de sócios:
Nós já sofremos com a diferença absurda e abusiva das cotas de TV. Mas ficarmos tão para trás na questão dos sócios torcedores é responsabilidade única e exclusivamente de nós, tricolores. Não temos mais desculpas, pois o futuro do futebol está aí, na força de sua torcida. A gestão passada, que gerou muita desconfiança, já acabou e vivemos um novo tempo. A torcida precisa se manifestar, acordar e participar.
Seja sócio. Inscreva seu(s) filho(s). Ainda que morem longe, ou que não consigam ir aos jogos. Imagina que legal o pequeno ou a pequena tricolor ter uma carteirinha em seu nome, talvez a primeira da vida! E você mesmo, que nos lê nesse momento: seja sócio-futebol. Caso não seja possível, faça um plano Guerreiro se der, são R$ 9,90 mensais. Sabemos que a vida não está fácil para ninguém, mas quem tiver condição, a hora é essa! Sem mais desculpas, sem mais mimimi. Chega de ficarmos atrás de telas de computadores e Smartfones reclamando ou filosofando sobre isso ou aquilo, que influenciam a vida do Fluminense. Seja mais, participe mais! Vamos todos participar, de uma forma ou de outra.
Se associe! Vá ao jogos! Se não conseguir ir, doe seu ingresso para um tricolor que precise de uma mãozinha e participe! Somos Fluminense e o Fluminense precisa de nós. Mais do que nunca!
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ST
Washington de Assis
Fonte Sócios-torcedores: Terra
Artes: Internacional e Fluminense
Tabela: Saudações Tricolores