Spadacio – Preterido por outras joias, meia ficou sem espaço nos profissionais
Leandro Spadacio caiu nas graças da torcida tricolor ao se destacar na base do clube, sobretudo ao guardar dois gols de falta em clássicos – Vasco e Botafogo. O meia-atacante habilidoso, de 19 anos, criou uma expectativa alta na galera, que gostaria de vê-lo vestindo a camisa tricolor no time principal. Sua saída, sem chegar lá, não foi muito bem absorvida por parte da torcida e nós fomos investigar melhor o caso.
Spadacio esteve no CT sob os olhares de Abel Braga, Marcelo Oliveira e, mais recentemente e por duas oportunidades, de Fernando Diniz e não passou pelo crivo de nenhum deles. Ele vinha, realizava o período de treinos e acabava sendo “devolvido” à base. Além disso, o meia foi preterido, ou no popular, “ultrapassado” por outros nomes de sua própria geração, e até mesmo pelas gerações acima da sua.
No início do ano, por exemplo, ele que é de 2000, foi observado pela comissão técnica, e não foi aproveitado. Acabou perdendo espaço para Marcos Paulo e João Pedro (ambos de 2001) e para Caio (2000) e Zé Ricardo (1999). Na ocasião, eles foram promovidos aos profissionais e seguem até hoje no elenco principal. Na sequência, Miguel, de apenas 16 anos, foi o escolhido da vez. Por fim, na pausa para a Copa América, quando o elenco se reapresentou, Luan e Calegari foram absorvidos pelos profissionais e Spadacio, mais uma vez, não convenceu o treinador. Mas ele não é o único caso de um destaque chegar ao topo da base e não ser aproveitado.
Você conhece nosso canal no Youtube? Clique e se inscreva! Siga também no Instagram
Dudu e Patrick Lucas são outros nomes recentes, que se destacaram na base e não encontraram espaços nos profissionais. E olha que Dudu vinha como uma das grandes promessas da safra de 1998. Sempre era destaque, chegando a meter dois gols no Botafogo, na Taça Rio de 2017. Sem espaço nos profissionais, e sem despertar interesse de nenhum outro clube, acabou sendo dispensado e atualmente busca sua recolocação, para voltar a atuar. Patrick Luan, também de 1998, encontrou as mesmas dificuldades em se firmar nos profissionais e deixou o clube. Mas, ao menos, conseguiu uma oportunidade e seguiu para a Suíça, onde faz sua primeira temporada de testes.
A base produz muitos talentos e nem todos conseguem espaços no profissional, que geralmente tem de 35 a 40 jogadores. Hoje temos 38 e, desses, 16 são crias da casa: Marcos Felipe (1996), Digão (1988), Frazan (1996), Luan (2001), Igor julião (1994), Mascarenhas (1998), Calegari (2002), Miguel (2003), Zé Ricardo (1999), Caio (2000), Daniel (1996), Pedro (1997), Wellington Nem (1992), João Pedro (2001), Marcos Paulo (2001) e Pablo Dyego (1994). São várias gerações atuando no elenco principal. Umas que já saíram e voltaram, mas que conseguiram seu lugar “ao sol”.
Um dos exemplos daqueles que brigam para subir é o volante Martinelli, destaque na geração 2001, e autor do gol na final do sub-17, contra o Flamengo, no Maraca. Ele realiza constantemente períodos de treinos no CT, assim como Marcelo Pitaluga, que sempre está presente entre os profissionais, e é tratado com uma das joias da coroa. Por enquanto não foram efetivados ao time principal, e são a prova viva de que os “moleques” sempre estão sendo observados pela comissão técnica tricolor. Evanilson, Macula e Luiz Henrique, todos atacantes de 2000, ainda sonham em brilhar nos profissionais.
O Flu ainda tem por vir ai vários nomes fortes, que trazem grandes expectativas da diretoria de base, e do clube como um todo. O atacante Jefferson (2001) que mesmo no primeiro ano da categoria sub-20 é figura carimbada nas convocações da seleção brasileira, é uma das promessas que vem por aí pedindo passagem. Davi Alves (zagueiro), Carlos Antônio, o Kaká (meia-atacante) e John Kennedy (atacante), são grandes destaques dos nascidos em 2002. Enquanto Arthur, meia do sub-15, vem voando baixo e é destaque absoluto da geração, seguido por Gabriel Lyra (atacante) e Rafael Monteiro (lateral). André (volante) 2001, mesma safra de JP e MP, que é muito bom jogador também. Kayky Chagas (meia canhoto) de 2003, João Neto (atacante) 2003, Vinícius de 2004 (meia)…. e por aí afora…
Atualmente, sem espaço entre os profissionais, e próximo de completar 20 anos, Leandro recebeu uma proposta do futebol árabe e a apresentou ao Fluminense, que acabou aceitando negociar o atleta. Não foi divulgado os valores oficiais do contrato, mas é certo que ele receberá algumas vezes mais os valores que ele recebia no Fluminense. Quanto ao clube, irá receber algo na casa dos R$ 2 milhões.
E aí, tricolor? Será que Spadacio merecia mais chances para tentar a sorte entre os profissionais ou para um jogador que nunca se firmou no time principal foi um bom valor?
ST