SOBREVIVI , UFA!! (MARIO NETO)

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SOBREVIVI, UFA!! (MARIO NETO)

No final do jogo contra o Internacional, tentei escrever, desabafar, “soltar os cachorros” contra aqueles que deram com argumentos chulos e de certa forma desrespeitosos, o Fluminense como morto, enterrado e sepultado, depois da partida no Mario Filho. Porém o sentimento e a emoção não me deixaram fazê-lo, o que de certa maneira foi muito bom, porque certamente passaria dos limites e eu me arrependeria dois três dias depois. Mas voltando ao jogaço após os noventa minutos e picos, só tive uma certeza: de que não precisaria mais e nem preocupar meu cardiologista pelo menos nos próximos quatro meses e economizar uma boa grana. Aos os trancos e barrancos consegui sobreviver, sei lá como, ufa!!
Que jogo espetacular, teve de tudo, fomos do inferno ao céu porque como todo mundo já analisou o jogo. Não desistimos do jogo nem quando tudo parecia perdido, na hora em que o Internacional poderia ter liquidado o jogo. No momento seguinte aos gols perdidos pelo Enner Valencia em contra-ataque. Um deles por um erro nosso, proporcionado pelo Marcelo, que perdeu uma bola boba no meio campo e o outro de bola parada de forma “inacreditável”. Disse ao meu amigo (vemos todos os jogos do Fluminense juntos desde 1969) que aquilo era um bom sinal para nós, pois como diz Muricy Ramalho, a bola pune.
Foi mais uma “gota” de esperança do que qualquer outra coisa. No final da partida só me lembro que saí gritando um monte de coisas que não devia, acordando a vizinhança nos prédios em frente ao meu e depois de tentar escrever, como já mencionei. Só lembro de me emocionar e sofrer tanto assim neste século em quatro partidas inesquecíveis: Fluminense um a um contra o Coritiba em 2009, que nos manteve na primeira divisão contrariando a Deus e o mundo e as pesquisas que davam um por cento de chances de não cair.
Depois em 2010 na última partida do Campeonato Brasileiro, quando só a vitória contra o Guarani de Campinas nos dava o título depois de 26 anos de jejum, já que o empate daria o campeonato ao Cruzeiro. O gol demorava a sair e o desespero do time e de toda a galera aumentando, até que lá pelos trinta minutos o Emerson Sheik resolveu a questão. Estava no Engenhão, mas não me lembro também dos finalmentes do jogo. Em 2012 no nosso tetracampeonato praticamente a mesma coisa até o gol do Fred, com uma diferença: não estava no Estádio.
Lá pelas três horas da manhã meu sono foi interrompido por um sonho com meu tio, Nelson Rodrigues que disse: quem foi que deslocou a trave na cabeçada do Enner Valencia e na outra chance dele? Quem você acha que pegou a perna do Yione Gonzáles e fez com que acertasse aquele passe maravilhoso e de primeira para o John Kenedy e que este passasse da bola e ela sobrasse limpinha para o Cano? Coisas do GRAVATINHA, sobrinho. Fique tranquilo porque quem vier (o sonho foi na véspera do jogo do Palmeiras e o Boca Junior) vamos ganhar a Libertadores. Está escrito há 40 mil anos atrás. Tem jogo contra o Botafogo neste fim de semana, antes que eu me esqueça.


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