SOB A LUZ DO REFLETOR – Foco Na Base

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Após a boa vitória, mesmo sofrida, contra o São Paulo alcançando a sétima posição e entrando de vez na briga pela vaga da Libertadores, o Fluminense foi eliminado pelo Galo na Copa do Brasil, fazendo um jogo de dois tempos bem distintos.

A eliminação analisada de forma isolada não foi surpresa, haja vista a tamanha diferença entre os elencos e investimentos dos dois clubes, mas dava para ter jogado melhor, sempre dá. A derrota aqui no Rio, quando também fizemos um bom primeiro tempo, deixou a missão complicada demais, com o Flu precisando ganhar o jogo de qualquer maneira para evitar a eliminação. A postura inicial não foi boa, mas inteligente.

Flu começou o jogo segurando o Atlético. Com desfalques importantes como André e Martinelli, Marcão optou pelo experiente Wellington e o novato Nonato. Arias ficou no banco com alegação de problemas psicológicos. A missão dobrou de dificuldade, mas aos poucos o Flu foi saindo, arriscando e logo equilibrou o jogo tendo as melhores chances do primeiro tempo, com Fred e Luís Henrique. Não podemos nos dar o luxo de perder dois gols em jogo tão difícil assim.

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Logo veio o segundo tempo e o Galo mostrou a força do elenco colocando o “europeu” Diego Costa. Vieram na pressão e o Flu sucumbiu diante do VAR, que interpreta como quer as bolas nas mãos dentro da área. A partir daí só piorou. Big Mark começou as substituições e o time virou um bando. Aqui é o ponto crucial da necessária mudança de pensamento da comissão técnica, e até da diretoria.

Sabemos que subir um garoto da base é sempre uma esperança, mas também uma incógnita: Como esse jovem, que arrebenta na base, vai se comportar com outro nível de competição? Com outro nível de adversário, com o nervosismo de jogar no profissional e muitas vezes sem aqueles velhos parceiros do lado que foram caminhando junto com ele a vida toda na sequencia da base de um clube? É sempre uma aposta, mas estamos vendo que no nossa caso, no caso da base do Fluminense, a chance de dar certo é boa.

Hoje temos no time vários jogadores da base e alguns demoraram sim a se firmar, como André, e outros de primeira mostraram que vieram para ficar, como Martinelli, mas o ponto é: Qual a aposta mais arriscada, um veterano ou jogador encostado em outro time ou um moleque de Xerém com identidade no clube, com óbvias qualidades nas categorias de base e hoje tendo alguns companheiros já jogando no time titular?

Além desse raciocínio, que serve muito para  nossa diretoria que vive contratando jogadores que não serviram em outros clubes, mas que acreditam que serviriam aqui (apostas)….Nossa comissão técnica não relaciona os garotos que poderiam ajudar demais nossa equipe em vários jogos, preferindo assim levar as “apostas contratadas” para o banco de reservas e até para a titularidade. Porque Wellington e não Wallace? Porque Nonato e não Wallace? Porque levar Abel e Bobadilla para o banco do Fred, sendo os três atletas com as mesmas características, se você poderia levar Jonh Kennedy, por exemplo, arrebentando no sub 20?

Está mais do que na hora de perceber que o caminho do Fluminense é a base com contratações importantes e diferenciadas. Nada de ficar trazendo jogador para compor elenco, para ser reserva de alguém. Nossos garotos da base farão esse papel até se adaptarem aos profissionais e assumirem titularidades. Ao invés de contratar dois atacantes iguais, sobe um garoto da base para ser opção diferente ao número 9, ao Fred, quando o jogo pedir características diferentes nesse setor. Olha quanta “baranga” tem no elenco, ganhando bom salário, aumentando nossa folha de pagamento e impedindo, talvez, uma contratação de peso, que venha formar com nossos garotos um grande time. Aconselho a boa coluna do Washington de Assis, https://saudacoestricolores.com/opiniao-escolhas-e-escolhas/, que desenvolve bem esse assunto.

Hora de dar um upgrade a esse time e o Marcão precisa de duas mudanças urgente de postura: Parar de recuar quando consegue uma vantagem mínima durante um confronto e escolher melhor seus relacionados e substitutos dos titulares.

Essa ladainha que os técnicos brasileiros inventaram de “saber sofrer” é insuportável e na média não dá certo. Marcão está até com sorte, mas deixou pontos contra o Juventude por exemplo. Não é normal ficar 20, 30 minutos dentro da área, sem ter ao menos uma possibilidade de contra ataque e segurar o adversário. A tendência é levar o gol. Chega desse futebol medíocre, Big Mark sabe fazer melhor e geralmente faz, mas cai nessa ladainha e recua o time. Terminou o jogo contra o São Paulo com 3 volantes, 3 zagueiros e 2 laterais que mais marcam do que atacam. É apostar tudo na sorte. Não cabe mais, podemos fazer melhor.

Chega de apostar em jogadores que não servem para os outros, que estão encostados em outros clubes com a possibilidade de se recuperarem no nosso Fluminense. Se é para apostar, vai para a base, pelo menos qualidade eles tem.

Toque Curto:

  • Muito bom o primeiro tempo do Flu contra o Galo. Essa postura que o torcedor gosta de ver.
  • Quando Marcão começou a mexer no time, desandou tudo. Bobadilla e Abel juntos é uma agressão ao futebol.
  • VAR…temos que aturar.
  • Não temos laterais. Simplesmente os dois esquerdos são horrorosos, Samuel é fraco e Callegari é volante.
  • É continuar subindo na tabela, temos boas chances de entrar na Libertadores na fase de grupos, é o objetivo do ano agora.

SDT

 


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