SOB A LUZ DO REFLETOR – Flu e a Roda Gigante

O Flu volta a viver sua roda gigante que, nos últimos tempos, anda mais embaixo do que em cima. Ganhamos do Corinthians e após 50% de aproveitamento no Brasileiro, desde da chegada do Oswaldo de Oliveira, alcançamos a meta de sair do Z4. É claro que a luta continua e não podia ser diferente. Com mesmo número de pontos do Cruzeiro, 17º colocado, e com 2 pontos apenas do 16º CSA, a melhor notícia foi a embolada que deu com times que entraram na briga para escapar do rebaixamento: Goias, Fortaleza, Ceará e Vasco (este a 5 pontos) se aproximaram e o que parecia muito difícil, já não tem mais cara de milagre.

Essa roda gigante é fruto também das atuações de nossos atletas e técnico. Com a suspensão de Airton e Nem, Oswaldo acertou na escalação, inclusive sugerida aqui na coluna anterior como uma das mais aceitadas nas resenhas de tricolores. Yuri e Allan deram mais proteção à zaga e liberaram mais Nenê e Ganso para jogarem mais a frente. Tudo indica que Oswaldo gostou e deve manter essa escalação. É importante lembrar que o Corinthians, apesar de estar numa bela posição na tabela do campeonato, não é parâmetro para medir nossa defesa. O timão costuma não dar muito trabalho para as defesas e na sequencia levou uma piaba do Del Valle, em casa, pela sula. Porém já é alguma coisa o nosso treinador não inventar ou deixar nossa defesa muito exposta.

Ok, saímos do Z4! Olhamos para frente é da um desanimo saber que esse é o nosso campeonato. Quando estamos lá o desespero é grande, mas quando saímos olhamos para frente e vemos um nada. O Flu definitivamente não pode se prestar a essa missão eternamente. É preciso pensar grande e poderíamos estar bem melhores na tabela. Faltaram ajustes que poderiam nos dar condições de estar entre os 10 e daí, quem sabe, conseguir algo melhor no campeonato. Nossa nova postura é, com toda razão, mais defensiva e mais propícia a times que lutam para escapar. Infelizmente é difícil ter estilo e jogo mais ofensivo, surpreender mais, tendo o z4 praticamente do nosso lado, nos assustando e nos ameaçando. Uma coisa de cada vez, mas o campeonato chegou a sua metade.

A esperança, apesar das críticas, é que Oswaldo faça esse time evoluir um pouquinho e conquistar os pontos necessários para afastar o perigo. A tranquilidade de poder errar, sem que isso signifique o retorno à zona maldita, trará mais confiança e a equipe poderia dar um salto maior na tabela. Tenho receio de que não há mais tempo e conviveremos com essa situação, beirando a tragédia, até o final.

Jogo decisivo contra o Goiás. Cruzeiro pega o líder. Oswaldo pode arriscar mais um pouco para tentar trazer essa vitória para casa e quitar a derrota do primeiro jogo no Maracanã. Não na escalação, mas sim na postura do time, tendo mais alternativas ofensivas e arriscando mais. A sorte parece ter mudado de lado e é hora de aproveita-la.

Que a roda gigante pare no alto e fique por lá um bom tempo.

Toque curto:

–  Obrigado Cássio!

– Oswaldo, no vídeo dos bastidores, fala claramente do treinamento que fez Gilberto ter tido sucesso em dois ou três lances na cobertura por dentro. Sinal de que nosso treinador “viu” as falhas do mesmo contra o Palmeiras.

– Yoni entra em campo com cara de paisagem. Quem já viu o “Colômbia” jogar sabe que pode render muito mais, principalmente em disposição. Não renova porque não quer e não diz que não quer, para não perder ambiente. Algo tem que ser feito!

– Tiago Nunes e o Athlético são campeões de novo. Obviamente que existem diversos motivos para isso, mas não dá para esquecer que o Tiago pegou o trabalho, que não dava certo, do Diniz e evoluiu…aperfeiçoou, tornando plausíveis as ideias e prontas para terem sucesso. A receita está aí.

– Parabéns ao saudações Tricolores pelo seu aniversário de 1 ano no ar. Obrigado pelo oportunidade da resenha semanal. Sucesso mais do que merecido dessa mídia tricolor que defende a instituição. O Flu é maior do que todos!

SDT