SOB A LUZ DO REFLETOR – As Lições do Fla x Flu

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Início de temporada e jogamos nosso terceiro Fla x Flu do ano. Obra do espetacular regulamento do Campeonato Carioca. Quarta-feira entramos em campo com nossos titulares e com a boa atuação da semifinal da Taça Guanabara na cabeça e a vantagem do empate, os tricolores estavam confiantes em um bom jogo. Não sei exatamente o que se passou na cabeça dos jogadores, mas eles não pareciam tão calmos assim.

Início de jogo e logo de cara um gol do Flu anulado. Olhando o lance isolado com calma, depois, na frente da tv, de diversos ângulos, é bastante aceitável a marcação da falta do Matheus Ferraz no lance. Porém, quando abrimos mais a área de análise, agregando a atuação do VAR e recentes enfrentamentos contra os caras, a situação fica um pouco esquisita, para não falar outra coisa. O bandeirinha dá impedimento, juiz anula o gol, VAR chama o juiz. Já foi explicado duzentas mil vezes como funciona o VAR e, salvo alguma informação ausente pela imprensa esportiva, o VAR chama o juiz quando não concorda com ele em determinadas situações de jogo (não vamos detalhar o funcionamento do VAR, pois não é o objetivo da coluna), o juiz analisa e mantém ou não, sua decisão. Acontece que olhando os melhores momentos, percebe-se facilmente, que na telinha do juizão, só aparece o contato do Matheus Ferraz no zagueiro, nada é mostrado sobre impedimento. Então o Juiz anula o gol por impedimento, o VAR chama ele para mostrar uma falta? Enfim, se foi falta, deve ser marcada para justiça de resultado. Mas se essa jogada foi falta, o que seria aquela do Rever no Henrique, final de Carioca 2017? Expulsão sumária? Segue o jogo.

Passada a confusão, Fla abre o placar numa saída de bola equivocada pela lateral esquerda. Lembro que Caio tenta acionar Everaldo, mas o mesmo se encontrava atrás do marcador. Se Everaldo fosse mais malandro, estaria na frente e ao dominar a bola, o adversário faria carga e a falta recomeçava o jogo. Bola perdida, enfiada nas costas do Caio, cruzamento, sobra, pancada do Rene e gol dos caras. Flu se perde. Sequencia desastrosa: Gol anulado, bola perdida e gol adversário. Os caras crescem e perdem duas boas oportunidades, Flu não joga, não fica com a bola e tem dois ou três em dias horrorosos, como Gilberto e  Bruno Silva, por exemplo. Bruno Henrique dá uma força para gente e é merecidamente expulso, após entrada absurda em Gilberto. Fim de primeiro tempo.

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Vem o segundo tempo e, com um a mais, todos esperavam um melhor jogo e muita posse de bola. Everaldo rabisca, passa por 2 e recebe falta do terceiro. Pênalti bem marcado, mas com a ajuda do VAR. Time apavorado. Até agora não entendi porque tanto nervosismo num Fla x Flu de semifinal de Taça Rio, sendo a obrigação de vencer toda deles. Ninguém quer bater o pênalti, Luciano, que já perdeu dois na temporada amarela, Ganso nem chega, Yoni fica com a bola sem saber porque. Bate bem e empata. Alívio e promessa de classificação pela frente. Flu não fica com a bola. Incompreensivelmente não temos a posse da mesma e estamos recuados diante de um time com 1 jogador a menos em campo. É verdade que devemos saber fechar a casinha e até estava sendo feito de maneira competente, pois os caras não conseguiam criar nada, a não ser bolas aéreas que nossa defesa ganhava com tranquilidade, mas porque recuar tanto tendo um jogador a mais? Para matar o jogo nos contra-ataques, dirão alguns. Tivemos duas boas chances com Yoni em cabeçada no travessão e Everaldo na cara do gol, demorando demais e sendo atrapalhado pelo zagueiro.

Yoni em ação contra o Fla

Postura ruim, jogo ruim, nervosismo alto à toa e seguíamos tranquilos sem muita ameaça do adversário, até que……É difícil até comentar o lance, tamanha imbecilidade do zagueiro na jogada. Meu Deus, a bola saia da área, lá para lateral, vai atrás do adversário sem deixar ele virar de frente, pressiona ele lá na lateral, sem falta, ganha tempo com segurança. Precisa de faculdade, mestrado, doutorado, para entender isso? Lamentável. 2×1 e eliminados da Taça Rio, resta torcer pelo Bangu, porque para os caras eu não consigo. (coluna escrita antes do jogo Bangu x Vasco)

Algumas lições devem ser tomadas nessa derrota. Primeiro, um tratamento psicológico urgente no time. Não dá para os jogadores darem chiliques a todo instante, a toda decisão contrária do juiz. Luciano, Bruno Silva, Everaldo e até o Ganso. O que aconteceu? Porque todo mundo nervoso para bater um pênalti, no início de um segundo tempo, que estávamos com 1 a mais em campo. Parecia uma cambada de juvenil tremendo na base. Segundo, é necessário saber de quem é a culpa de abandonarmos nosso estilo de posse de bola, saída com ela no chão, para jogar recuado e acuado. Diniz em entrevista diz que não foi dele a ordem. Mas a culpa é dele sim. Se mandou recuar é culpado, se o time recuou sem ele pedir, também. Porque quando o time ganha, quando o time no meio de um jogo consegue melhorar seu rendimento, o mérito vai para o comandante. Então quando piora também deve ir. Me lembro na final da Libertadores, quando alcançamos o resultado de 3×1 e paramos de jogar. Muitos, até hoje, colocam a culpa no Renato. É dele mesmo! Pensando da mesma forma: Se mandou recuar, errou, se não mandou, não teve comando. Terceira lição é trabalhar pênalti. Como diria os mais antigos: Pênalti deveria ser batido pelo presidente do clube! Treina, treina e treina. Escala o melhor, o segundo melhor e o terceiro. Precisa ter essa definição. Em jogos decisivos, perder um pênalti não é aceitável.

Hora de continuar evoluir e pensar em acalmar esse time para a temporada que começa a aparecer.

 

Toque curto:

–  Léo Santos, meu filho……deixa para lá!

– O que acontece com Gilberto?

– Diniz, se o time recua, vc grita e esperneia como faz em diversas situações. Não pode é ficar assistindo de camarote e não fazer nada.

– “Tá na hora de acharmos novo batedor de pênaltis”. (frase da coluna passada)

– Terapia nesse grupo urgente!

 

SDT


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