Só o inimigo não trai nunca

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É um cenário difícil e inimaginável o que acontece com nossa torcida hoje sobretudo com os mais jovens, que se prostram atrás de telas de celulares, tablets e afins. Nem o mais ávido tricolor das antigas, como o Careca – que se embebecia de pó de arroz nos jogos – e tantos outros torcedores apaixonados e folclóricos, poderiam imaginar que nossas arquibancadas se transformariam nisso, que vemos hoje. Nossa juventude necessita de um resgate, em sua maioria.  Mas a culpa não é deles não. Após mais de uma década lendo matérias ora pejorativas, ora tendenciosas, capitaneadas por uma mídia fétida, que só é capaz de promover polêmicas e pautas ruins, atrás de audiência e/ou com o claro objetivo de diminuir o Flu, não podia ter outro resultado.

O Flu sempre foi maior do que tudo isso que está aí. Sempre foi e sempre será! Nossos torcedores regataram nosso clube num dos momentos mais difíceis e inglórios de nossa centenária e majestosa história. Fico imaginando se naquela época, o advento da internet já estivesse no nível que está hoje. Meu pai do Céu. Estaríamos mortos! Perfis em redes sociais estariam babando por notícias, ou melhor, em propagar notícias dessas mídias acima e, tal qual rastilho de pólvora, na corrida para ver quem tem mais “likes”, “seguidores” e afins, a podridão ganharia o mundo na velocidade que só as redes sociais são capazes de produzir (destaco que nem todos os perfis são assim, e tem muita gente boa aí). Mas num cenário do “eu quero postar primeiro”, poucos se importam em confirmar qualquer informação e, muito menos, qual será a repercussão daquilo. Desde que dê audiência… Tá valendo!

E o resultado disso tudo? Uma torcida desanimada, que só sabe reclamar e esquece do principal. Se esquecem do Fluminense. Ou pior, sequer sabem o que é ser Fluminense. E cabe a nós, torcedores mais robustos, da velha arquibancada de cimento, daquele verdadeiro Maracanã – e não dessa meleca que hoje ocupa seu lugar – resgatar essa galera. Vamos nadando contra a corrente inconsequente, que só pensa em si, só pensa em cliques, audiência a qualquer preço. Vamos, aos poucos mostrando para eles, e para o mundo todo, que aqui somos Fluminense.

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Nós não torcemos para um clube. Nós não somos “istas”, “enses” ou “inos”. Quando nos perguntam o que somos, respondemos com o peito cheio de orgulho, e com os olhos marejados, SOU FLUMINENSE! E ser Fluminense é fazer parte da eternidade. Já bem dizia o maior dramaturgo que esse país já viu: “O Fluminense nasceu com a vocação da eternidade…tudo pode passar…só o TRICOLOR não passará jamais”.

Quando me deparava com matérias tendenciosas e críticas, só para ter o bel prazer de criticar, ficava irritado. Pra caramba à beça! Mas hoje, me deixa preocupado. A mídia, de uma maneira em geral – grandes veículos, os que se acham grandes e pequenos – aprenderam a desdenhar do Fluminense. Basta ver os episódios recentes. Comentaristas que sequer assistiram ao jogo, falando um monte de abobrinha; comentarista criticando a cabeçada do Yony, de forma absurdamente ridícula; sites lamentando a eliminação do Flu na sula; além de outros que querem porque querem, começar a inflamar a torcida contra o trabalho do Diniz. Nada mais absurdo. À merda com Todos eles!

“Só o inimigo não trai nunca” , outra frase de Nelson (de novo e sempre), que além de genial, era de uma verdade pura e cristalina. Então cabe à você começar a identificar quem é que joga a favor ou contra o nosso clube. Chega de bater palma para maluco dançar, ou fritar o Flu. Saia da mesmice. Tem tanta gente boa, fazendo trabalhos legais ai…

Nossa história é maior do que muito clube modista por aí. E é exatamente isso que incomoda essa galera. Nós somos a história. Não me canso de repetir isso, e jamais me cansarei. Aqui nasceu a seleção brasileira! Pombas, se não fossemos nós, o CRF não teria futebol. Nós emprestamos nosso estádio ao time de São Cristóvão para que ele pudesse jogar. Somos o único clube de futebol no mundo inteiro, detentor da Taça Olímpica. E quer saber a importância disso? Dá uma pesquisada mais profunda, mas já adianto: Países (isso mesmo, nações) concorreram conosco e nós a levamos.

Somos maiores do que FluSócio, Peter, Abad e todos os outros que passaram por ali, e ainda passarão. Nós ficaremos em Álvaro Chaves ao longo da existência do Planeta Terra. Eles não. São tempos difíceis sim, sabemos. Mas atravessamos outros tantos, e até piores, e ressurgirmos praticamente das cinzas. Não deixem mais esculhambarem o Flu! Se somos Fluminense, estão querendo esculhambar conosco! Mas aqui não.

Aqui o sentimento verde, branco e grená pulsa. Aqui nós defendemos, até nosso último suspiro, nossa instituição centenária. Fazemos jornalismo mesmo, e com seriedade e paixão. Mas, acima de tudo, somos Fluminense. E conosco, ninguém esculhamba não!

Somos Fluminense! E juntos seremos intransponíveis!

Forte abraço, boa bagunça a todos nesse carnaval!

ST

Washington de Assis

 


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