Se não fosse a saída da Sula….

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Muitos tricolores fazem inúmeras ressalvas ao trabalho de Odair Hellmann, no comanda técnico do time pela eliminação da Sula, logo de cara, na primeira fase. Um primeiro jogo horroroso no Maraca e outro lamentável no Chile, colocaram em xeque todo o trabalho do treinador. Também, pudera, sair da competição que passou a ser um target anual da torcida, para um time sem muita expressão no cenário sul-americano… é de lascar…

Como bem disse em outra ocasião, a primeira fase da sul-americana não é para se jogar bem e sim para se passar. Ponto. Não cabe discussão nisso. Depois ajeita o time, depois conserta o que está errado, troca esse ou aquele jogador… Mas tinha que ter passado -o frase ruim de escrever. Mas, se não passou de fase, agora a má fase parece ter passado.

Não vou me ater à eliminação para o rival na Taça Guanabara, por mais doída que seja, por mais que quiséssemos ir à final. Os caras, hoje, quer queiram quer não, são o time a ser batidos. E o Flu, apesar de um início ridículo, conseguiu se recuperar no jogo e meteu 4. Mas dois foram anulados… Não, não vou passar pano para isso, também não quero apequenar o Fluminense. Mas não enxergar que estamos num processo GERAL de reformulação é tão covarde quanto aceitar, ou se conformar, com esse tal “apequenamento” que muitos falam por aí.

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Voltando ao trabalho de Odair, ele errou ou ele deixou de acertar? Ao mandar a campo um meio de campo com Henrique e Yuri, o treinador optou pela experiência e pela proteção à zaga. Seria isso? Não sei, mas tudo indica que sim. Veio o jogo contra o Madureira e o treinador optou por poupar Henrique e Yuri – que vinham da vitória sobre Moto Club por 4 x 2 – e mandou a campo a dupla de volantes que a torcida queria, Hudson e Yago. O resultado disso? 3 vitórias seguidas, sendo duas por goleada, e classificação tranquila para a 3ª fase da Copa do Brasil. Teria Odair encontrado seu meio ideal? Penso que sim.

Na transição ao ataque, o time ganhou mais verticalidade e velocidade. Hudson se apresenta na frente, confundindo a marcação – já guardou um e sofreu um pênalti – e Yago, aprofunda os passes e cobre o campo todo. Na recomposição, o balanço defensivo fica mais ágil, mas ainda carece de atenção do treinador. E ele sabe disso. E que bom.

O grande “problema” de Odair parece ser o do “meio pra frente”. Com muitas opções por ali, o treinador parece ter eleito a trinca titular, com Marcos Paulo, Evanilson e Wellington Silva e, ainda, com Nene na criação – como vem jogando bola esse moleque, não? – mas ainda parece procurar como esse ataque pode render mais. E olha que ele tem o segundo melhor ataque da Série A, balançando as redes por 30 vezes. Na média, considerando o número se jogos, ele tem a mais alta, com 2,3 gols por partida. A mais alta dentre todos da Série A. Mas estadual não conta – ué, mas todos os outros 19 times da série A jogam seus Estaduais… e pode-se imaginar que existam estaduais até mais fracos do que o nosso. Ou não?

Ao contrário do que alguns pensam, eu quero ver sim o Flu medir forças com os principais times do país. Acho que temos time para bater de frente com a maioria e vencê-los, aqui e na casa deles. Temos tudo para fazer um grande campeonato Brasileiro, brigando lá em cima – até pelo título mesmo, ou ao menos uma vaga na Liberta 2021. Odair completou 2 meses pelo Flu no último dia 08. Foram 13 jogos, com intervalos de 4,5 dias… Respeito a opinião de quem pensa o contrário. Mas vejo o Flu em boas mãos.

Críticas sempre vão existir. E ele sabe ouvir e refletir. Não tem a teimosia de outrora.

👤 ODAIR Hellmann – 2020
📊 13 jogos pelo Fluminense
✅ 09 vitórias
⏸ 02 empates
⛔ 02 derrotas
⚽ 30 gols pró
🔽 09 gols contra
🔵 21 gols saldo
⬆ 74,5% aproveitamento

Números que impressionam sim. E, se não fosse a saída da Sula….

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