Prejuízo do esporte por conta da Covid-19 só será revertido em 2022

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A pandemia do coronavírus alterou a estruturação de grande parte da sociedade. E isso se reflete nos esportes. Os efeitos econômicos da Covid já são sentidos em algumas parcelas da população – o futebol está entre elas.

A Associação Europeia de Clubes (ECA) realizou um estudo sobre os impactos. A instituição aponta uma perda de R$ 4 bilhões de euros (aproximadamente 24 bilhões de reais) nas temporadas 19/20 e 20/21. O presidente da Juventus, Andrea Agnelli, ainda prevê uma queda de 20 a 30% nos valores das transações – não incluídas no estudo do ECA.

O consultor de marketing Fernando Ferreira fez uma análise sobre as projeções da economias no futebol (e no mundo). Ele afirma que as atividades econômicas estão, no mínimo, 10% menores.

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“As economias, quando muito, estão operando com 90% da operação do nível pré-pandemia. Uma atividade econômica no mínimo 10% menor. A retomada é uma coisa para 2022. Vale para o futebol e vale para todas as áreas da economia. Quando o consumidor está na defensiva, os anunciantes também ficam na defensiva. Os direitos de transmissão vão ser impactados, como outras fontes de receita. Num mercado recessivo, esse tipo de redução é natural.”

Amir Somoggi, também consultor de marketing, sustenta que “o esporte profissional global perderá mais de US$ 15 bilhões pelos impactos da Covid-19. Isso representa 2% do que se movimenta com esporte no mundo”

A KPMG, que presta serviços profissionais de Audit, Tax e Advisory, projeta uma perda de U$ 4,5 bilhões nas 5 principais ligas europeias (Inglaterra, Espanha, Alemanha, Itália e França). A UEFA, órgão europeu equivalente a CONMEBOL, vai restituir 575 milhões de euros para as emissoras de TV envolvidas com a Liga dos Campeões e a Liga Europa.

Em 2018, a EY fez um levantamento a pedido da CBF. A empresa apontou que o futebol brasileiro correspondeu a 0,72% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil . Foram 156 mil empregos gerados e os salários e encargos sociais ficaram em R$ 3,34 bilhões.

O economista César Grafietti projetou que a economia global deve ser recuperar em dois ou três anos. Ele também falou de possíveis prejuízos impostos pelo coronavírus no cenário brasileiro, destacando que a Europa deve se recuperar antes do Brasil:

“Espera-se que a economia global se recupere em dois ou três anos anos, então é possível que este seja o tempo para o futebol retomar seu caminho. No Brasil, o futebol já anda acima do PIB, só que os clubes estão estruturalmente piores. Dependerá muito do comportamento das receitas de TV. Mas não vejo retomando antes da Europa”

Fonte: UOL

ST!

 


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