PARTIDA DO ANO
PARTIDA DO ANO? (MARIO NETO)
É assim que todos no Fluminense, desde o porteiro ao presidente do clube, estão tratando a partida contra o Figueirense logo mais no Mario Filho, pela Copa do Brasil. Eles estão certíssimos. É a partida do ano sim senhor, não só pela parte financeira (é um ótimo dinheiro que entra se o clube passar de fase) como também por causa da vergonhosa eliminação na primeira rodada contra um time praticamente de várzea, na Copa Sul-Americana. Não é hora de outro vexame. É bom lembrar que para se classificar e seguir em frente na competição o nosso Tricolor tem que construir uma vitória com dois gols de diferença. Um gol leva a decisão para os tiros livres da marca do pênalti, que já seria uma vergonha, tudo isso por causa da nossa atuação mais que medíocre lá em Santa Catarina. Poderíamos até ter perdido de mais. As circunstâncias são outras no momento, eu sei, mas todo cuidado é pouco. Por exemplo: o Figueirense está nas últimas posições na segunda divisão e nós conseguimos uma boa e surpreendente vitória lá na Arena da Baixada. Somos favoritos, tudo bem, mas isso não serve muito para me tranquilizar, pois a história recente nos diz que adoramos ressuscitar cadáveres de qualquer tipo. É a nossa especialidade.
Até agora não sabemos o time de amanhã. Suponho que seja o mesmo que venceu o Atlhetico no domingo, com a volta dos titulares poupados, Nino, Nenê e Evanílson. Espero sinceramente que o Odair não invente. As críticas recorrentes levaram o nosso técnico a mudar a equipe. Sacou o Igor Julião, que vinha há muito tempo defendendo mal e atacando pior ainda e colocou o garoto Callegari da base. Até que foi bem lá no Paraná. Se vai dar certo, vamos esperar para ver, porém que alguma coisa tinha que ser feita na lateral direita lá isso tinha. Me surpreendeu também a boa atuação do Paulo Henrique Ganso, uma das melhores desde que que chegou ao clube. Quem destoou aí uma vez, para variar, foi o insosso Marcos Paulo, que se omite na maior parte do jogo. Perdeu um gol incrível por pura falta de concentração. Sozinho chutou a bola nas nuvens, fora do estádio.
Quem vem me surpreendendo a cada partida é o uruguaio Michel Araújo. Desde que foi escalado no meio de campo, ao invés de quase um centro avante, vem tendo ótimas atuações. Foi o único que teve uma boa atuação na derrota lamentável (tínhamos tudo para vencer o jogo e o entregamos de bandeja) contra o péssimo Bragantino. Tomara que continue me surpreendendo, garantindo um problema a menos para o meio campo. Vamos torcer para não sofrermos sem necessidade. Mesmo tendo dificuldades para propor o jogo contra equipes que jogam com os onze na defesa, não nos resta outra coisa a não ser atacar o tempo todo. Precisamos de uma vitória por dois gols, simplesmente isso.
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