Oscilação da equipe na temporada passa por uma “Canodependência”? Veja os números do Fluminense e do argentino no ano

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O ano do Fluminense tem sido de altos e baixos. Torcedores que presenciaram jogos marcantes como a goleada sobre o River Plate no Maracanã ou a final do Carioca diante do Flamengo, também viram a equipe apresentar atuações muito abaixo do padrão, como contra São Paulo e Coxa. Junto ao time, German Cano, apesar de artilheiro do país na temporada, também viveu os seus jejuns. Diante disso, cabe o questionamento se a oscilação do camisa 14 tem interferência direta na fase da equipe comandada por Fernando Diniz e se existe a tão falada “Canodependência”.

O argentino ficou fora de apenas quatro partidas no ano. Nos confrontos contra Boa Vista, Nova Iguaçu, The Strongest e Coritiba, o Fluminense conquistou apenas uma vitória, sendo derrotado duas vezes e tendo empatado uma vez. Quando o artilheiro está em campo, o aproveitamento melhora significativamente. São 38 jogos na temporada, com 22 vitórias, 6 empates e 10 derrotas. Nas partidas em que estava em campo, Cano balançou as redes 28 vezes, marcando em 42% das partidas em que jogou.

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Vale destacar que, os atacantes que seriam considerados os reservas do jogador – Lelê e John Kennedy – não tem atendido as expectativas quando o assunto é fazer gols. Para Lelê, são 22 partidas disputadas pelo tricolor, com apenas dois tentos e duas assistências. Saindo do banco de reservas, apenas um gol marcado, na estreia da equipe no Campeonato Brasileiro diante do América MG.

Para Jonh Kennedy, são 20 partidas na temporada, contando com 3 gols e duas assistências. Saindo do banco de reservas, dois gols.

Importante de se lembrar que, Lelê e John fizeram boas atuações mesmo sem marcar, como por exemplo no último clássico diante do Flamengo. Lelê entrou no segundo tempo, e, mesmo sem balançar as redes foi uma boa válvula de escape na bola longa e ajudou o Fluminense a massacrar o adversário, por pouco não saindo com a vitória.

Seria muito óbvio afirmar que o desempenho ofensivo do time é melhor com o seu artilheiro em campo, mas cabe também analisar partidas em que o argentino jogou e não marcou, e se isso tem influência direta nos resultados da equipe.

Ao total são 22 partidas sem balançar as redes, com 10 vitórias, 4 empates e 8 derrotas. Cano também viveu seu maior jejum com a camisa do Fluminense na temporada. Foram 7 partidas sem balançar as redes, e justamente na pior fase da equipe no ano.

Claro que há um impacto negativo no desempenho da equipe se seu artilheiro não marca, porém, seria muito raso afirmar que isso se limita somente à uma má fase individual de Cano. Ao lado do argentino, existem outras peças que impactam a produção ofensiva do time, como por exemplo Árias e Keno. O colombiano também oscilou na temporada, fazendo partidas abaixo do esperado, enquanto Keno ficou fora de muitas partidas por lesão.

Mesmo com os números significativos do atacante, a queda de rendimento do time como um todo passa por muitos outros fatores. Não seria justo direcionar a culpa da má fase de uma equipe que tem capacidade de encantar com seu futebol para Cano. Cabe à Fernando Diniz encontrar alternativas para quando o time não estiver conseguindo encontrar seu “homem-gol” dentro de campo. Com a partida de ida das oitavas de final da Libertadores batendo à porta, torcedores esperam que o time como um todo consiga engrenar e entregar atuações de bom futebol, e, acima de tudo, resultado.


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