Confira os principais pontos apresentados por Mário Bittencourt sobre a reforma de Laranjeiras
A reforma de Laranjeiras se tornou um dos principais assuntos no Fluminense esta semana e, por isso, o presidente Mário Bittencourt decidiu se manifestar. Em uma postagem publicada neste domingo (31), o dirigente abordou diversos pontos relacionados ao Estádio.
Na última sexta-feira (29), o Fluminense divulgou a contratação de uma empresa para avaliar a estrutura do Estádio das Laranjeiras. Mas, segundo Mario Bittencourt, “a discussão sobre o tema tomou contornos fora do contexto”.
Construído em 1919, o Estádio Manoel Schwartz é a casa mais antiga do Fluminense. No entanto, os profissionais não disputam uma partida oficial no local desde Fevereiro de 2003. Desde então, o campo tem recebido apenas jogos das categorias de base e do time feminino.
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Por isso, o presidente ressalta que “neste momento o clube está avaliando a estrutura para saber se realmente está condenada ou não”. De acordo com Mário, quando a atual diretoria assumiu clube, informaram que as arquibancadas estavam “prestes a desabar”. Entretanto, o Flu não tinha um laudo que confirmasse tal previsão. Se tratando assim, de acordo com o mandatário, apenas de “achismo”.

No post, Mário Bittencourt explica que atualmente Laranjeiras possui uma interdição para jogos com público superior a 3 mil torcedores. Sobretudo por questões relacionadas a acessibilidade e área de escape. Mas, o dirigente afirma que o clube aguarda o resultado do estudo para saber se é possível solucionar estas questões.
Mário Bittencourt fala sobre os trâmites legais para reforma de Laranjeiras
Segundo estádio inaugurado no Rio de Janeiro, palco do primeiro jogo da Seleção Brasileiro, Laranjeiras faz parte da história do futebol. Por isso, não é de se estranhar que o Estádio seja tombado como patrimônio histórico pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultura (Inepac).
De acordo com o presidente, o clube procurou o órgão. Da mesma forma que também entrou em contato com a Secretaria Estadual de Cultura do Rio de Janeiro.
“Recebemos em Laranjeiras a secretária de Cultura, Danielle Barros e sua equipe. Recebemos o fundador e atual presidente do Inepac, Claudio Prado de Mello. Fizemos reuniões de trabalho. E o levantamento de toda a documentação disponível. Obtivemos no próprio Inepac a cópia do processo de tombamento bem como alguns outros documentos que o Fluminense sequer tinha em seus arquivos”, escreve o mandatário.
O presidente afirma que o clube e o estádio estão classificadas como “área especialmente tombada”. Ou seja, Laranjeiras está no nível mais restrito de tombamento. Desta forma, nem mesmo a vista para o Cristo Redentor, por exemplo, pode sofrer alterações. Ainda de acordo com Mário, o Fluminense perguntou sobre a possibilidade de entrar na Justiça. Mas, ouviu dos órgãos que as disputas poderiam se arrastar por anos e, ainda assim, são remotas as possibilidades de sucesso.
De acordo com Mário Bittencour, a reforma de Laranjeiras, portanto, precisaria respeitar as restrições impostas no tombamento do estádio.
Capacidade e quantidade de jogos
O dirigente também falou sobre os planos para a utilização do Estádio. Segundo o presidente, por força de contrato, o Fluminense precisa mandar pelo menos 30 jogos no Maracanã. Em 2020, em razão da pandemia, o Flu mandou apenas 25 contra 32, em 2019.
De acordo com o mandatário, assim o Fluminense só poderia mandar cerca de cinco jogos em Laranjeiras por temporada. E, como o clube pretende chegar a marca de 60 mil sócio torcedores, o “Templo do Futebol” torna-se ainda mais importante para o Flu.
“Como nossa média de público nos últimos anos vem sendo de cerca de 23 mil pessoas por jogo e temos a necessidade de aumentar, não faria sentido investir num estádio para 10 a 15 mil lugares. Posto que não comportaria nossa média de frequência atual e não suportaria o aumento na quantidade de sócios que o Fluminense deseja atingir”, explicou o dirigente. Destacando que outros gigantes do futebol brasileiro (como Corinthians, Grêmio e Palmeiras, por exemplo) construíram estádios para mais de 40 mil pessoas.

A ideia, portanto, é que Laranjeiras como casa das divisões de base e do futebol feminino. Além disso, o Flu poderia mandar jogos do Estadual e das primeiras fases da Copa do Brasil. Onde, segundo o regulamento da CBF, os clubes podem mandar em estádio com capacidade mínima de 5 mil torcedores nos primeiros jogos da competições. E o estádio também receberia jogos festivos e eventos.
ST