Os cuidados na paralisação – Profissionais do Flu falam sobre as novas rotinas dos atletas

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Uma pandemia tomou conta do mundo e paralisou praticamente tudo, além dos serviços essenciais. No futebol, nada diferente disso. Tudo paralisado e cada um em suas casas. Mas como fica a rotina dos jogadores, atletas profissionais, para não perder a capacidade física e, sobretudo, a mental? Pensando nisso, o departamento de futebol tricolor preparou a rotina dos profissionais da área e traçou algumas metas, todas com acompanhamento de perto. Virtual, é verdade, mas diário.

Para Marcos Seixas, preparador físico, um dos agravantes é não saber por quanto tempo essa pausa irá durar. E isso pode se tornar um complicador para a retomada da temporada:

– É uma situação que a gente nunca viveu. Apenas por conta de paradas relativas à Copa do Mundo, Copa América… Mas nesses períodos a gente sabia quanto tempo a gente ia ficar parado e agora a gente não sabe. Essa que é a grande diferença e o agravante da situação. A gente não sabe quanto tempo vai ficar parado e, se depois de voltar, em quanto tempo vai ter que estar pronto para disputar a primeira partida oficial – declarou.

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Seixas ainda comentou sobre as atividades dos atletas. Na semana passada tiveram folga e, no início da semana, receberam as planilhas  para iniciarem os treinos em casa, a partir de quarta-feira. O preparador destacou que na primeira semana, um atleta de alto rendimento, não perde tanto. O problema começa a partir da segunda semana:

– Essa perda considerável que ocorre a partir das duas semanas de inatividade vai ser acentuada principalmente por conta dos atletas não estarem realizando treinamentos específicos de futebol, treinamentos com bola, em grupo, coletivos em espaços maiores, treinamentos de força específicos, da maneira como a gente está acostumado a fazer, voltados para a prática do futebol. Isso que vai gerar a maior perda a partir provavelmente da segunda semana.

Por fim o preparador ainda destacou a importância de se ter um tempo para, quando as coisas voltarem ao normal, os clubes terem mais tempo para preparar seus atletas:

– Espero que essa situação não se estenda por muito mais tempo e que, assim que a gente retorne aos treinamentos com o grupo, a gente tenha a oportunidade de ter um período para treinamento coletivo antes de iniciar as competições.

Já a psicóloga do Flu, Emily Gonçalves, também falou sobre o confinamento forçado que todos estão vivendo. Ressaltou que, apesar de ser um período complicado, o importante é se manter ocupado e com a cabeça tranquila de que essa fase vai passar:

— Manter a ordem do espaço em que mora também é uma dica importante para quem vive sozinho e pode até ser uma forma de passatempo em dias de internato compulsório. Ter ciência de que o isolamento é um momento passageiro e cultivar objetivos de vida são bons pensamentos para manter uma boa saúde mental. Mesmo sem prazos para o término da reclusão, sempre temos metas na vida. Mantê-las ativas pode ser uma injeção de ânimo. Cultivar seus pontos fortes também é uma ótima prática. Criatividade, artes, trabalhos manuais, tudo isso pode funcionar positivamente.

As atividades seguem suspensas, como dito acima, e sem prazo para retorno.

ST


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