Onde tudo começou…
Você sabia que o Fluminense foi pioneiro na profissionalização do futebol brasileiro?
Arnaldo Guinle foi presidente do clube entre 1916 e 1931. Ele foi responsável pela construção do Estádio de Laranjeiras e do Salão Nobre do clube, entre outras melhorias na sede. Além disso, o Patrono do Fluminense também foi responsável pelo início da profissionalização do futebol brasileiro.
Quando deixou a presidência em 1931, Arnaldo virou Patrono do clube, assinado no Estatuto do Fluminense. Com isso, ganhou poderes para propor, discutir e votar nas sessões de todos os poderes do clube. E assim ele se manteve como grande referência. Articulou o Fluminense, incentivando a profissionalização:
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– Arnaldo Guinle sempre teve uma postura empreendedora e visionária. Suas atitudes foram decisivas para o futebol virar a paixão nacional ainda nas primeiras décadas do século XX. Anteriormente, ao menos ao longo dos anos 1920, ele era contra a adoção do profissionalismo, mas ao notar que na prática, o futebol já não era tão amador em alguns clubes brasileiros, ele passou a defender a ideia. Sua liderança foi decisiva para a real implantação do profissionalismo no esporte e os jogadores passaram a assinar um contrato de trabalho com o seu clube, ganhando um outro status na sociedade. Logo, na prática, ele promoveu a real integração social do atleta de futebol. Se hoje, tantas crianças e adolescentes alimentam o sonho de jogar futebol para ajudar a sua família, esse trabalho começou lá atrás, com Guinle, que trouxe um identidade, uma carteira assinada, para cada atleta ser respeitado e poder exercer a profissão – conta Dhaniel Cohen, do Flu-Memória.
Os clubes brasileiros já perdiam jogadores para fora naquela época, visto que muitos países europeus já tinham se profissionalizado. Era necessária uma restruturação do futebol brasileiro. E foi em 1933 que Arnaldo Guinle organizou uma reunião na rua Álvaro Chaves, número 52. E dali nasceu a Liga Carioca de Football, a primeira profissional no Brasil. Com o Fluminense estavam: América, Bangu e Vasco.
Para a criação da nova liga, o movimento se fundiu com a Associação Metropolitana de Esportes Athleticos (AMEA). E assim ocorreram dois campeonatos distintos em 1934 e 1935 – um amador, outro profissional. Em 1937, aconteceu a fusão total e a liga passou a ser toda profissional.
– Em 1933, por iniciativa do Fluminense, criou-se a Liga Profissional na sede da Rua Álvaro Chaves, em Laranjeiras. Alguns clubes aderiram se imediato, outros preferiram manter-se no regime amador por um tempo. Inicialmente, a Confederação Brasileira de Desportos condenou o profissionalismo e o fato prejudicou bastante a Seleção na Copa do Mundo de 1934, na Itália, já que o Brasil só levou amadores para a competição e o desempenho foi um fiasco – recorda Dhaniel Cohen.
E assim o Fluminense começou a desenvolver sua vitoriosa história. O clube passou a contratar jogadores de outros estados. E alguns se tornaram ídolos, como Tim, Romeu, Brant, Russo e Hércules, heróis que ajudaram o Tricolor a conquistar cinco títulos em seis anos – o tricampeonato de 36,37 e 38. E o bi de 41/42.
– No maior jejum de sua história, entre 1925 e 1935, até por ser difícil competir com um amadorismo disfarçado, o clube tantas vezes campeão ficou 11 anos sem conquistar o Campeonato Estadual. A partir de 1936, porém, o Fluminense viveu uma Era de Ouro. A equipe era uma verdadeira máquina, com vários craques como Batatais, Brant, Carreiro, Hércules, Norival, Pedro Amorim, Romeu, Russo, Tim, entre outros, todos com serviços prestados pela Seleção Brasileira. Na letra do hino popular do Fluminense, composta por Lamartine Babo, há uma referência direta ao time de 1938, que marcou uma geração de tricolores. O trecho “faz a torcida querida vibrar de emoção, o tricampeão” eternizou a equipe que acumulou mais taças para o clube em pouco tempo – encerra Dhaniel Cohen.
Fonte: Comunicação FFC
ST!