O SUFOCO VOLTOU COM TUDO (MARIO NETO)
O sonho de coisas melhores, que boa parte da torcida do Fluminense imaginava para o seu time, não durou uma semana, ou melhor, exatos quatro dias. Existem jogos em que não se pode perder, muito mais em casa, como foi o jogo contra o Athlético no meio da semana, independente se o adversário está num momento bem melhor que o seu. Nessa hora o coração vale muito, superando qualquer argumento. Por causa e tão somente desta derrota e também em virtude da vitória do Fortaleza contra o Grêmio, que ultrapassou o Fluminense na tabela (estou escrevendo este artigo antes da partida entre Corinthians e Cruzeiro, que pode piorar mais ainda a situação do Fluminense no campeonato), este jogo contra o líder Flamengo tornou-se importantíssimo e decisivo na corrida para escapar mais um pouco da zona do rebaixamento. Se tivesse obtido outro resultado na quinta feira, até que o empate logo mais seria um bom resultado. Agora não, é vencer ou vencer, do contrário vai tocar “terror”. Pouco importa se o Flamengo jogará com o time titular ou não. Devido às circunstâncias, este Fla X Flu (em outras situações tudo pode ocorrer) tem um favorito que é o nosso adversário. Os números provam isso.
É praticamente certo que Marcão colocará Wellington Nem no lugar do garoto João Pedro. Mesmo passando por um jejum danado, sem marcar um gol há mais de dez jogos e não atuando bem (por outro lado a bola não tem chegado nele), eu não faria isso. Tiraria o Yanez Gonzalez, que durante boa parte da partida corre para não chegar, preocupado com o seu próximo time. Tomara que ele morda minha língua mais tarde, embora duvide disso. Já escrevi várias vezes sobre a importância do Paulo Henrique Ganso, que mesmo correndo menos do que se espera contribui demais com seus passes. Porém, nestas duas ultimas partidas, Ganso não foi nada bem, inclusive errando passes que não costuma, de menos de um metro. Marcão deveria tê-lo substituído ao invés de tirar o Nenê ou o Daniel. Foi o primeiro erro comprometedor do novo técnico.
Apesar da sua categoria Ganso não é insubstituível, o técnico não pode esquecer ou passar por cima disso. Jogou mal, deve e tem que sair. Caso isso não aconteça o prejudicado maior será o meia, que já não está com toda a torcida do seu lado, como no início da sua vinda para o clube. Não quero nem pensar o que pode acontecer caso as equipes que estão atrás do Tricolor, precisando de resultados como o Ceará e o CSA, os consigam. Semana que vem o Fluminense, que é o rei de ressuscitar “cadáveres”, pega o Chapecoense no Rio. Certamente será um sufoco, o que não deveria ser, mas pelo histórico tricolor não dá para pensar em jogo fácil.
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