O nó que amarra o Flu

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Nenhum tricolor está mais preocupado, elevado a potência do “pra car@¨%&” , do que eu. Podem ter iguais, mas mais não tem. Isso antes mesmo do Flu ter enfrentado o “todo poderoso” Goiás, que foi capaz de nos aplicar uma sonora goleada, após passar por 11 jogos sem vencer e ser dono da pior campanha do pós-Copa América. Mas o problema do Flu é sintomático, e está ai já há algum tempo. Até mudamos o “médico” mas o problema persiste. O Flu não sabe jogar com a bola nos pés.

Quando éramos comandados por Diniz, e propúnhamos o jogo, trocávamos mais de 500 passes, tínhamos 60-70% de posse, e perdíamos. Com Oswaldo, ontem, foi a mesma coisa. O time tem muitas dificuldades em colocar o jogo na vertical. Os nossos zagueiros e nossos volantes são os que pegam mais na bola, nessa brincadeira. A grande diferença nisso tudo é que, com Diniz pelo menos, antes finalizávamos mais de 2o vezes para o gol. Sempre. A bola teimava em não entrar, os goleiros operavam milagre e, no fim, tomávamos o gol. Desesperador, eu sei. Hoje, com Oswaldo, não finalizamos nem um terço do que costumávamos, temos a mesmíssima dificuldade em agredir e, o pior, o problema crônico em tomar gols em TODOS os jogos, se repete e foi agravado.

Contra o Avaí a cópia fiel do que eu falei acima.

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Já contra o Fortaleza um jogo mais franco. Os donos da casa saíram mais, procuraram jogar e, num erro de saída deles, achamos nosso gol. Sem falar que “Muroel” salvou o dia. Contra o Palmeiras o grande equívoco de Oswaldo;  acreditar que Airton, Ganso e Nene pudessem compor um meio de campo. Resultado foi um 3 x 0 inapelável, com os caras em ritmo de treino. Na sequência o Goiás. Resumo do jogo? Ney Franco deu a bola para o Fluminense jogar, ficou na espreita por algum erro na saída de bola, e na recuperação da bola em posição própria para atacar com perigo e voi-lá. 3 x 0 os caras. Essa sensação de melhor início não procede, tá ok? Os caras deram a bola para gente, com a certeza de que não conseguiríamos produzir nada. Parabéns ao Ney Franco. Ele viu o óbvio ululante.

Oswaldo precisa fechar esse time. Saber encolher a mola e sair em velocidade. Não conseguimos fazer as jogadas verticais com a bola nos pés. Precisamos é de um lance de genialidade de Ganso, ao achar aquela bola que rasga a zaga; de um contra-ataque fulminante; e de bolas paradas. Nunca se viu tanto tricolor torcendo por escanteios, como se viu ontem. E mais.

Muitos falaram ontem que o Flu entrou no confronto já estando no Z4, mas eu discordo dessa afirmação. Começamos o jogo com 19 pontos, o do empate somado, e terminamos com 18, no Z4. A experiência dele precisa saber colocar a cabeça dos caras no lugar. Uma falha bisonha, como a do primeiro gol, é retrato de um nervosismo sem igual, potencializado pelo drama que orbita o Fluminense. Agora é contra o Santos de Sampaoli. Se correr o bicho pega, mas se ficar… dá para arrancar pontos. O que não dá é tentar encurralar os caras com essa tática suicida de passes laterais e sem objetividades, perdendo a bola na intermediária.

Precisamos estudar o adversário e fazer o jogo que fizeram conosco aqui, por várias vezes. Fecha a casinha lá atrás e TREINA, pelo Amor de Deus, TREINA contra-ataques rápidos, com Wellington Nem e João Pedro. Saca Yuri do time e reintegra Daniel para compor a meiuca ao lado de Allan. Dá espaços para o Ganso jogar onde ele quiser e faz o Nene flutuar entre as linhas. Ele não é ponta e NÃO VOLTA para compor o sistema defensivo. Esperar isso dele é, antes de tudo, ingenuidade.

O Flu precisa de mais 9 vitórias em 18 jogos. Dos próximos 8, sete serão no Rio, quase que em sequência:

Flu x Santos – Maraca, quinta às 20h;
Flu x Grêmio – Maraca, domingo às 16h;
Botafogo x Flu – Engenhão, domingo 06/10, às 16h (mando de campo deles e torcida reduzida);
Cruzeiro x Flu – Mineirão, quarta 09/10, às 21h30;
Flu x Bahia – Maraca, sábado 12/10, às 19h;
Flu x Athlético-PR – Maraca, quinta 17/10, 21h;
Flamengo x Flu – Maraca, domingo 20/10, 18h;
Flu x Chapecoente – Maraca, domingo 27/10, sem horário confirmado.

*jogos em destaques são os que Allan e Caio Henrique desfalcarão a equipe, por estarem servindo à seleção.

Tem que saber jogar com inteligência cada um deles. Ainda dá para reverter essa situação, e eu acredito que é possível sim. Mas precisamos saber jogar cada jogo, contra cada adversário.

Não estou satisfeito com absolutamente nada do que está acontecendo com o Fluminense, e ser contra a chegada de Oswaldo não muda o fato de que ele é o treinador – ao menos por enquanto. O que precisamos é chegar no final do ano com nossa permanência na série A garantida para podermos cobrar uma melhor programação para o ano que vem. Essa é a nossa realidade. Triste, eu sei, mas precisamos passar por isso de qualquer jeito, com ou sem o apoio da torcida.

Melhor com a galera comprando o barulho, tal qual 2009.

ST

 


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