O Fluminense não é brincadeira….
Por certo que poderíamos abrir esse texto citando Nelson Rodrigues, que dizia “Grandes são os outros, o Fluminense é enorme”. Ou ainda comentar sobre o “efeito Moisés” que a camisa tricolor causa ao cruzar ‘La Boca’, que quando ostentada nos arredores de um dos estádios mais emblemáticos do mundo, faz a multidão abrir dando passagem ao tricolor que a veste, observado com inveja dos que se comportam tal qual o Mar Vermelho quando o profeta bateu seu cajado.
Mas hoje se faz necessário falar de política. E ai, meus amigos, é um assunto extremamente delicado. Isso porque atualmente a brincadeira das lideranças políticas é associar o grupo rival ao atual mandatário, numa espécie de gincana do “Xou da Xuxa”. Quanto mais aproximar o rival da atual gestão mais pontos se ganha, em contrapartida quanto mais for aproximado mais pontos se perde.
E as especulações tomam conta dos sites esportivos e trazem piruetas digna do Didi Mocó, nos seus melhores dias. Quem era situação deixou de ser, para se tornar oposição, que ao mesmo tempo já foi situação quando a oposição era a oposição da situação que poderia ser considerada oposicionista aos opositores da situação. Ou não. Não dá muito para entender isso. E isso parece ser o que eles querem. Que eu e você não entendamos o que acontece para que, com rasas trocas de acusações, uns coloquem os outros próximos a um dos presidente mais impopulares que já passou por Laranjeiras. E isso é muito pouco para o Flu.
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Isso é pouco não. Isso é péssimo. É pequeno demais para uma instituição centenária, detentora da Taça Olímpica (dentre outras tantas) e berço da seleção nacional. Precisamos de pessoas que saiam dessa guerra de egos e vaidades e assumam a responsabilidade. Precisamos de gente com coragem de colocar o Flu acima do bem e do mal, e que comandem o clube com seriedade e paixão. Não se pode continuar da forma em que estamos. Isso é um absurdo. O clube tem que prevalecer em detrimento de vontades pessoais.
Hoje se especula muito parcerias que nem foram formadas ainda. Quando se conversa com um lado, só se ouve o que o outro tem de ruim, ou de errado, ou ainda de que forma são atrelados à gestão Pedro Abad. Cadê as propostas para o clube? Onde estão as mudanças estatutárias necessárias ao bom andamento e até mesmo para a sobrevivência do nosso clube?
Se sabe hoje que Celso Barros, Mário Bittencourt e Ricardo Tenório se uniram e vão apresentar uma chapa para as próximas eleições. Se sabe também que a Flusócio vai se manter à margem das próximas eleições. Mas o resto é especulação. Pedro Antônio não confirma ainda sua candidatura, mas já se fala que ele se aliaria a Jackson Vasconcelos para a formação de sua chapa, e que a coligação Unido e Forte estaria ensaiando um apoio aos dois.
A política tricolor merece ser tratada com mais atenção e seriedade. E a gincana a la Xou da Xuxa tem que se encerrar agora! Precisamos de pessoas sérias e, acima de tudo, competentes para nos conduzir de volta ao protagonismo.
ST
Washington de Assis