O Flu resgatando seu orgulho

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O Flu vem, há muito tempo, penando nos campeonatos que disputa, terminando em posições da intermediária para baixo, brigando, quase sempre, para não cair e sendo eliminado de competições mata-mata. Mas esse ano, que todos temiam o pior – inclusive quem vos escreve – começa de forma diferente. E começa por dois fatores. O primeiro foi a chegada de um técnico inovador e que gosta muito de trabalhar. E  segundo, nosso elenco é bem mais forte do que do ano anterior. Então vamos por partes.

Diniz chegou ao clube sob olhares atentos da torcida. Nas mesas de bares da vida, e nas rampas das arquibancadas, escutava-se de tudo: que ele era sem experiência; que nunca se firmou eu clube grande. que seu estilo era muito inovador e técnico para o elenco do Flu; e etc. Mas o tempo foi passando, a pré-temporada rolando e, no dia a dia no CT, víamos um técnico que gosta de trabalhar. E muito.

Se comparado ao seu antecessor, Marcelo Oliveira, Diniz meio que estabeleceu uma nova ordem no Reino: trabalhe mais e trabalhe mais. Desde o primeiro dia, o treinador mostrou seu cartão de visitas. O resultado? Estamos vendo em campo um time que detém a posse de bola, sabe sair jogando e que procura agredir seus adversários. Tem falhas, tem erros? Claro. Mas ele os enxerga e trabalha, para depois trabalhar mais ainda e, por fim, fechar com mais trabalho.

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E quem pensa que os jogadores se queixam, está redondamente enganado. Nós que estamos lá no CT, sempre que é permitida a entrada da imprensa, podemos afirmar que o elenco está fechadíssimo com o Diniz. A galera está é gostando desse estilo. Penso que jogador de futebol quer é jogar futebol, e não ficar correndo atrás da bola. Diniz dá isso para eles: lhes dá a chance de jogar bola, durante os jogos.

Até aqui, foram três clássicos, com uma vitória diante do filhinho da mídia e duas derrotas para o fechamento da FERJ. Uma com um pênalti claro, não marcado; e  a segunda com uma covardia sem igual, envolvendo essa questão das torcidas. Eu estava lá. Eu vi como o time deles, mais limitado do que o nosso, se aproveitou do gás a mais vindo das arquibancadas. Mas isso é outra história.

Ainda que tenhamos perdido por duas vezes para o fechamento da FERJ, fomos muito melhores em tudo. E isso nos basta. Agora, Diniz contará com os retornos de Gilberto e Pedro (em breve) além da chegada de Ganso. E isso coloca o Flu, senão entre os favoritos, colado ali em cima, com esperança de dias melhores. Luciano jogando muito bem, se movimentando demais, está mostrando um futebol de nivel. Everaldo tende a crescer mais ainda, com Ganso rasgando a zaga para a velocidade dele.

O segundo ponto é nosso elenco. Paulo, o Mago, Angioni conseguiu operar verdadeiros milagres no final da temporada passada e início dela. Sinceramente, se alguém me dissesse que hoje, dia 24 de fevereiro, teríamos Ganso, Yony Gonzales – destaque da última Copa Sul-Americana, no final do ano passado…  eu riria na cara do sujeito. Isso porque outros nomes importantes na temporada se foram e causaram grande apreensão. Pô, o cara é maluco – Júlio César, Gum, Ayrton Lucas, Richard, Jadson e Sornoza… Caramba… se já era ruim com eles, imagina sem… Pois é.

Em relação aos laterais, Gilberto ter ficado foi outra grata surpresa. Mascarenhas retornou e está mostrando que pode ficar e fazer bonito. Na zaga, a saída de Gum causou preocupação (mais por sua liderança) e a chegada de Matheus Ferras, desconfiança. Agora, a galera já aprova o zagueiro vindo do América-MG. Digão e Airton ficaram e, pelo amor do padre, estão jogando o fino. Airton então… provocou uma enxurrada de memes com seu peso, mas está jogando para caramba à beça. Bruno Silva é outro. Um pouquinho mais de cabeça no lugar e pronto.

E o que dizer de Caio Henrique? O cara chegou e todo mundo, ou quase, torceu o nariz. Pô, o cara veio do Paraná, e tal e coisa. Taí….  Na estreia do Ganso, ele foi o nome do jogo. Dodi também ficou e está indo bem. Alan chegou e já mostrou, ainda que em pouquíssimo tempo, que tem bola. Matheus Gonçalves ainda não teve chances, mas treina bem. A molecada João Pedro e Marcos Paulo já estão entrando aos poucos e se mostrando úteis ao treinador – como jogam bola esses moleques. Caio e Zé Ricardo vem querendo morder espaços também (ambos subiram esse ano aos profissionais). Rodolfo começa bem o ano e Marcos Felipe voa nos treinamentos. Agenor se dedica e pode se mostrar útil no ano. Ainda assim, nesse estadual, queria ver o Marcos Felipe em campo!

E ainda temos peças importantes, como Calazans – uma das primeiras alternativas do treinador – Ezequiel, que vem cumprindo bem seu papel; Daniel, que está mostrando um futebol de gente grande;  Igor Julião, não se surpreenda se ele aparecer jogando na meiuca, vem bem também; Marlon ainda pode afinar mais o instrumento, mas não compromete e se mostra importante; Pablo Dyego – prometo perguntar na próxima coletiva do Diniz a respeito – também é peça importante; Robinho, talvez, seja o único que cause desconfiança maior.

Ninguém sente saudades de Junior Dutra, Kayke, Matheus Alessandro e Marcos Júnior – talvez desse último pela sua identificação. Ou de um esquema com três zagueiros, onde Sornoza se escondia atrás da bola e Jadson, guerreiro mas limitado, tentava achar um milagre.

Ou seja, entre o elenco do ano passado e esse… e Angioni ainda não fechou… temos a expectativa da chegada de mais um nome de peso… vamos aguardar…

Agora basta só o apoio das arquibancadas… a nossa torcida precisa sair de trás das telas de celular, pcs e Tvs e ir aos estádios. Isso faz diferença… e muita..

ST

Washington de Assis.


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