Nas alturas! Conheça as equipes da Libertadores que mandarão suas partidas na altitude
Não é novidade que a altitude sempre foi um algoz para o tricolor em competições internacionais. Recentemente, o Fluminense quase teve problemas: em 2018, no jogo de volta da primeira fase da sul-americana, contra o Nacional de Potosí, o time carioca perdeu por 2 a 0. Mesmo com o resultado negativo, se classificou, pois havia ganho o primeiro jogo por um placar maior. Na ocasião a altitude era de 4850 metros acima do nível do mar.
Em entrevista à ESPN em setembro do ano passado, Rodrigo Aquino, professor do Centro de Educação Física e Desportos da Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo) e coordenador do Gecif (Grupo de Estudos e Pesquisa em Ciência no Futebol), falou um pouco sobre as principais dificuldades que os atletas brasileiros enfrentam quando jogam na altitude, confira:
“A alta altitude tem um impacto negativo no desempenho aeróbio dos jogadores, no metabolismo predominante durante um jogo de futebol e na capacidade de recuperação entre esforços de alta velocidade, que são todas atividades determinantes durante um jogo. Contudo, devido à menor resistência do ar, os jogadores podem atingir maiores velocidades máximas e a bola pode perder menos velocidade ao longo do jogo, parecendo estar mais ‘rápida'”, afirma o professor.
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Rodrigo também falou sobre as dificuldades extracampo enfrentadas pelos atletas.
“Além disso, alterações psicológicas no humor, personalidade, comportamento e funcionamento cognitivo associados à alta altitude são reconhecidas há muitos anos. Mudanças psicológicas e comportamentais resultantes dos efeitos da hipóxia geralmente incluem aumento da euforia, irritabilidade, hostilidade e comprometimento das funções neuropsicológicas, como visão e memória”, aponta.
Vale ressaltar que na partida em Potosí, o ex-jogador do Flu Marcos Junior não conseguiu se adaptar, passou mal e não foi a campo.
Com data marcada para o sorteio da fase de grupos, o Saudações Tricolores fez uma pesquisa para saber contra quais estádios os guerreiros tricolores sentiriam mais dificuldade. Confira a lista.
Pote 1 – Não haverá equipes mandando suas partidas na altitude neste pote
Pote 2-
Independiente Santa Fé – Localizado em Bogotá, que se encontra como a quarta capital de maior altitude do mundo, o estádio El Capin se localiza à 2640 metros acima do nível do mar.
LDU – O Fluminense conhece bem a altitude de Quito. As finais de 2008 e 2009 falam por si só, e o confronto recente das oitavas da Sul-americana 2017 mostra que isso ainda preocupa. O estádio Rodrigo Paz Delgado, mais conhecido como Casablanca se encontra a 2.850 metros acima do nível do mar.
Pote 3-
The Strongest – Se tem libertadores, tem jogo na altitude da Bolívia. Contudo, os 3.360 metros de elevação não serão uma preocupação do tricolor, pelo menos para a fase de grupos, já que ambos se encontram no mesmo pote. Mas ainda assim é bom ter uma certa preocupação, já que os bolivianos costumam usar a altitude a seu favor. Em 2015, o Internacional (semifinalista) chegou a perder por 3 a 1 e sofreu na altitude do Estádio Hernando Siles.
Pote 4 –
Always Ready – Ano passado, a classificação do Always Ready foi noticiada em toda América Latina. Depois de 53 anos o clube voltou a competição. O mais relevante de tudo, é que o time situado na região metropolitana de La Paz possui seu estádio em uma altitude de impressionantes 4,1 mil metros acima do nível do mar. O Estádio Municipal de El Alto é um dos mais altos do Planeta. Nenhum time brasileiro jogou em um local tão alto na história recente da Libertadores. Em maio do ano passado, o árbitro que apitava Ready x Oriente Petrolero, pelo campeonato nacional faleceu após um mal súbito. O episódio gerou muita polêmica, e até hoje se tem discussões sobre partidas na altitude.
O pote 4 ainda não está fechado, pois ainda resta acabar a Pré-Libertadores. As equipes mais preocupantes nesse quesito são: Universidade de Quito-EQR, Independiente Del Valle-EQR, ambos de Quito ( 2.850m), Ayacucho-PER que está mandando seus jogos em Cusco (3.399m) e Bolívar-BOL (3.600m).




