MELHOR IMPOSSÍVEL (MARIO NETO)

Os Tricolores podem queixar-se de tudo, embora não tenham razão, menos da sorte. Os sorteios até agora em todas as competições nos têm favorecido. Se não conseguiram passar da primeira fase da Copa Sul Americana, diante do frágil Union La Calera, foi por sua total incompetência. Tiveram dois jogos para eliminar os chilenos e não aproveitaram. E ainda assim contaram com a sorte para o vexame não ter sido pior. Deveriam ter perdido o jogo no Chile. Agora, na Copa do Brasil, o sorteio nos beneficiou novamente, pois o jogo único contra o Botafogo da Paraíba é logo mais no Mario Filho. Caso o sorteio beneficiasse o nosso adversário, com a partida sendo realizada na Paraíba, o sofrimento seria garantido, como o que vimos contra o Moto Club, com chances de outra eliminação vergonhosa. Agora temos que dar uma ajuda à sorte, caso contrário ela “cansa, ou seja, jogarmos mais um pouco já seria um passo razoável para início de conversa.

Alguns amigos Tricolores consideram que eu estou sendo muito radical em relação às atuações do time. Veem progressos desde o inicio da taça Guanabara até agora. Como disse no outro artigo não consigo ver esta melhora assim tão significante e o que eu vejo é uma oscilação muito grande dentro do próprio jogo. Exemplos não faltam. Contra o Moto Club o nosso primeiro tempo foi muito abaixo do esperado. Não fosse o pênalti bobo do goleiro em cima do Nenê, logo depois de termos sofrido o segundo gol, não sei se viraríamos a partida. Poderia ser um novo vexame.  Melhoramos na fase final graças à atuação do Nenê e o cansaço nítido do time do Moto Clube. Da mesma forma demos “mole” contra o Madureira. Não jogamos nada, salvaram-se os últimos dez minutos. Até então não demos um chute no gol e contamos também decisivamente com a incompetência da defesa do Madureira para mudar o jogo.

De qualquer maneira este jogo do último domingo nos mostrou algumas coisas de bom. Tomara que o Odair Hellmann concorde comigo. A primeira delas, talvez a mais importante e a seguinte: está na cara que o Hudson tem que ser titular imediatamente, a outra é que não tem sentido atuar com dois volantes (no meu time o Henrique é uma ótima opção vindo do banco de reservas) seja qual for o jogo e por uma questão de justiça , eu que tenho criticado e muito o Marcos Paulo por “dormir” em campo tenho que enaltecer a sua bela  atuação. Jogou solto sem obrigação de ficar estático na esquerda, não sei se por vontade própria ou do técnico.

Finalizando: o fato do jogo contra o Botafogo ser no Rio nos dá, em tese, um favoritismo acentuado, mas isso na prática pode ser bem diferente. Se levarmos, por exemplo, outros gols nos dez minutos inicias, como já virou rotina, a coisa pode complicar. MELHOR NÃO “BRINCAR” COM A SORTE.

ST