MÁRIO NETO – SOBRE FERNANDO DINIZ
Ainda é cedo demais, no meu entender, para analisarmos o trabalho do técnico tricolor. Por outro lado não se pode negar uma melhora acentuada desde a derrota contra o Vasco, e as vitórias contra o River do Piauí e agora contra o tido “todo poderoso” Flamengo. Por exemplo, ao contrário da partida contra o Vasco (mesmo levando–se em conta a péssima arbitragem que deixou de marcar um pênalti claríssimo no Bruno Silva, e o péssimo estado do gramado em Brasília, que dificultou inúmeras vezes o toque de bola do Fluminense), nesta partida o Tricolor não procurou tanto o gol adversário, preferiu tocar muita bola no meio campo e não conseguiu sequer um contra ataque perigoso. Neste jogo de quinta contra o Flamengo, usou a mesma característica do jogo de Brasília: toque bola, paciência com uma diferença vital , procurou muito mais o gol e teve boas chances de contra ataques, só que em dois deles escolheu a opção errada no último passe.
Inquestionável a vitória tricolor, por mais que o torcedor narrador Luís Carlos, do SporTV, quisesse que o Flamengo vencesse a partida de qualquer maneira. Aliás, não é a primeira vez que faz isso. Sua tristeza depois do gol do Fluminense foi de ridícula. Em nenhum momento falou da vitória do Tricolor e sim dos problemas que todo mundo sabe que o clube possui, graças a esta medíocre diretoria, no pior sentido da palavra.
Outra coisa muito importante, que depois desses jogos venho no notando a favor do treinador, é quanto à utilização do tempo técnico. Ao contrário de muitos que ficam falando abobrinhas e com todos os jogadores juntos, Fernando Diniz faz questão de conversar com um por um , como fez ontem com o Dodi e outras vezes com o Bruno Silva, entre outros, mostrando suas falhas. Ele não “refresca”. Fiquei muito bem impressionado com as entrevistas dos jogadores tricolores e não é a primeira vez que isso acontece, mesmo nas derrotas, sobre o Diniz. Todos sem exceção, elogiando–o gratuitamente. Domingo é a decisão e a revanche contra o Vasco, agora em um gramado a priori mais decente. Não era a decisão programada por todos, azar deles. Favorito, como diria Nelson Rodrigues , calcemos a sandália da humildade. Tenho certeza de que vamos enfartar varias vezes, com essa troca de bola na defesa. Qualquer que seja o resultado, o trabalho do Fernando Diniz até agora é animador para os tricolores em geral.
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ST