MARIO NETO – A NOVA VERSÃO DOS TRAPALHÕES
Quando se falou pela primeira vez na possibilidade do Presidente Pedro Abad renunciar ou sair, através de um impeachment no meio do ano, o consenso era geral: isso não teria o menor sentido, não aconteceria de jeito nenhum, quanto mais uma nova eleição antes do final do seu mandato. Agora sabe-se que o Presidente não renunciará em hipótese alguma (segundo suas palavras, não havia sentido nenhum nisso) e que o impeachment também já era. Porém existe, e não é factoide, a possibilidade cada vez mais acentuada de uma nova eleição até o inicio de fevereiro, como ficou resolvido nesta última reunião que reuniu as lideranças políticas do clube. É claro que isso depende ainda de várias circunstâncias, como por exemplo, uma liminar das partes não concordantes, que pararia todo esse processo, mas a maioria das correntes existentes no Fluminense de hoje estão animadas com o que ficou assentado nesta semana.
Não ficou clara a posição do grupo dos esportes olímpicos, mais conhecido como o PMDB do clube, e não preciso explicar o porquê desta denominação. Falta também uma posição mais explícita do grupo que apoia a candidatura do Pedro Antônio, que é um nome fortíssimo se a eleição for mantida para o fim do ano, e da coligação UNIDOS e FORTES e também do presidente do conselho deliberativo, Fernando Leite, que foi embora antes do término da reunião. Como dá para perceber, ainda há muita coisa para acontecer. A única certeza é que o Presidente Pedro Abad não quer mais continuar na presidência, segundo ele, com o propósito maior de unir o clube. No momento o clube está vivendo mais uma fase delicada, uma nova versão dos trapalhões. Ninguém pode dizer em sã consciência o que acontecerá daqui para frente, em que pese o otimismo dos participantes desta última reunião do conselho. Veremos o que o futuro nos reserva.
Indagado pelo meu amigo, irmão, Cicero Mello, da ESPN, sobre como ficaria o futebol diante desta confusão toda, o Presidente Pedro Abad disse que futebol seguiria em frente, independente desta situação politica, e que o Fluminense já estaria vendo reforços. E ainda que o time de 2019 seria muito melhor do que do ano passado. Por mais que eu queira, no momento não dá para acreditar nisso. Sobre a contração do Fernando Diniz para técnico, prefiro aguardar o início da temporada. A priori fico com os dois pés atrás, porque ainda estamos longe de ter um time e outra coisa: tudo o que o técnico pensa de futebol é o avesso (bota avesso nisso) do Fluminense que nos acostumamos a ver durante muitos anos, ou seja, trabalhar a bola, nada de chutões da defesa para o ataque, e a bola passando sempre pelo meio de campo. Como diz aquele samba enredo da Unidos da Ilha do Governador: “Como será amanhã…”
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