Mário Bittencourt fala sobre sorteio da Libertadores: “A primeira preferência é escapar da altitude”
Em entrevista ao Boteco Tricolor, o presidente Mário Bittencourt falou sobre a preferência por não jogar na altitude na fase de grupos da Copa Libertadores da América. De acordo com o dirigente, os clubes ainda devem ter ainda mais desafios em relação a logística. Sobretudo durante a pandemia da COVID19
“Eu acho que a primeira preferência nossa é escapar da altitude. Ainda mais no ano que nós estamos vivendo, a gente vai ter muitos problemas de logística. Só para vocês saberem, no ano passado — por causa da COVID — a Conmebol fazia um pagamento adicional por causa da logística, mas esse ano ela tirou e obriga a gente a viajar de voo fretado. Então, os custos vão ser muito altos. O Grêmio já teve que trocar de lugar (para jogar no Paraguai). Se a gente puder fugir da altitude vai ser muito bom porque vai ser muito complicado”, afirmou o Mário Bittencourt.
O apresentador do Boteco Tricolor, Alexandre Araújo, lembrou que — entre os possíveis adversários do Flu — estão, por exemplo, o Independiente Santa Fé, da Colômbia, que manda seus jogos a 2640 metros acima do nível do mar e a LDU, do Equador, com 2850m, ambos no pote 2. Além disso, ainda há, no pote 4, o Always Ready, da Bolívia, com impressionantes 4000m
“A nossa preocupação com a altitude — nossa, que eu digo, do mundo do futebol — é que ela gera um desiquilíbrio esportivo enorme. A gente já sofreu com isso em 2008 e 2009, porque a gente também disputou a final da Copa Sul Americana. E a prova desse desequilíbrio é tamanho é que a gente chegou no Rio de Janeiro e fez resultados impressionantes, muito diferente do que aconteceu lá”, disse o presidente recordando dos encontros com a LDU pela Libertadores 2008 e pela Copa Sul Americana 2009.
Fluminense está preparado para jogar na altitude
Contudo, o mandatário tratou de dizer que esta é uma preferência apenas. De acordo com Mário Bittencourt, caso seja necessário, o Tricolor terá totais condições de disputar os jogos da Libertadores na altitude.
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“Mas, para deixar os torcedores mais tranquilos, a gente está absolutamente preparado para enfrentar, do ponto de vista físico e fisiológico. Também temos vitórias importantes na altitude. Nosso treinador tem bastante experiência como atleta, conquistou a Libertadores como jogador e também já disputou a competição como treinador. Então nós estamos preparados”, afirmou Mário.
O presidente também voltou a lembrar que — em competições mata-mata — os times de menor investimento tem mais chances do que nos pontos corridos. Por exemplo, citou o Lanús, que chegou à final da Libertadores em 2017 mesmo com uma folha salaria cerca de oito vezes menor que a do clube gaúcho.
“Nós acreditamos muito na força do nosso grupo e também na história desse clube, que fez uma Libertadores muito bonita em 2008 — para mim a mais bonita e a mais injusta. Então, a gente acredita que pode fazer uma grande competição e tem que enfrentar quem vier. Quem quer ser campeão não pode escolher adversário”, completou o dirigente.
ST