Mário: “Queríamos jogadores que acreditavam no projeto. E eles acreditam”

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Mário concedeu algumas respostas depois da apresentação de Egídio e Yago. O presidente falou rapidamente sobre antes de abrir as perguntas:

Primeiramente agradecer aos dois. Eu falo que o Paulo vem montando um time bem competitivo para 2020. Aquela ansiedade do torcedor. Lembro que a galera cobrou um pouco. E eu falei que estavámos trabalhando para montar uma boa equipe. E todos falaram que estão felizes em vir. Queríamos jogadores que acreditavam no nosso projeto. O Paulo fala que tem que ter saúde e inteligência para se jogar futebol hoje. E isso a gente vê no dia-dia. São todos articulados, sabedores do que vieram fazer aqui e em suas carreiras. Não tivemos muito contato, mas eles já perceberam que nós temos uma grande família, formada desde o ano passado. Em 2020 esperamos muitas vitórias e títulos. Sejam bem vindos com todas as características.

A gente viu de um lado o Egídio que é um cara experiente e de outro um menino, que é o Yago, que está relizando um sonho.Esse equilíbrio é cara do Fluminense para 2020?

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Sim, a pergunta é muito boa. Ela envolve também a equipe sub-23. A gente recebe semanalmente a análise de desempenhos. E tem resultados surpreendentes. Jogadores de 30 batendo jogadores de 25 fisicamente. Com o avanço da tecnologia isso acontece. Em algumas questões de idade. A média de idade ano passado era muito baixa. Os elencos vencedores, normalmente, tem entre 27 e 28. Em jogos que a gente precisava de uma maior maturidade a gente levou gol no fim. Exemplo foi o jogo com o Atlético Mineiro. Sofremos empate aos 44. Olhávamos para o vestiário e eram muitos garotos. Agora a média é 28,7 anos. Vamos disputar 4 competições. Temos que ter um elenco capacitado. Até o momento, todos que chegaram apresentam desempenho físico satisfatório.

Como desenhou o projeto, e como você está satisfeito com elenco atual?

Ele é muito participativo (Mário). Conhece bastante do futebol. Ele sempre fala que sou eu, mas está sempre junto. Participa de tudo. Eu vejo futebol de uma forma muito mais abrangente. A gente exercita muito pouco o conceito de futebol. E já me vi um profundo conhecedor e me via com novas situações. Já trabalhei em várias situações do futebol, que me deu uma largueza muito grande para estudar mais o futebol. Jogadores mais adultos é porque o mercado só apresenta jogadores assim. É muito dificil você contratar jogadores entre 23 e 30 anos no futebol Brasileiro. Você encontra poucos que não seja o que todos comumente falam como apostas. E apostas não satisfaz. E a gente construiu o sub-23 assim. A mescla foi a opção que entendemos como ideal. E sofremos derrotas por imaturidade. O sub-23 sustenta a imaturação. Há muitos jogadores num limbo, que buscam espaços que provavelmente não vamos conseguir. O Odair entendeu a condição de entender que há jogadores com grande futuro, mas que não estão prontos. Nesse jogo foram 5 ou 6 do grupo sub-23. É um serviço que o Fluminense presta para si mesmo. É necessário que se veja o futebol dessa forma. Só vai ter pessoas no mercado se maturar mais tempo. O Lopes é uma indicação, tem contrato de 2 anos. O Flu tem 70% dos direitos do jogador.

Presidente, eu preciso falar sobre o Fred. Após o jogo de Domingo a torcida ficou mais esperançosa. Houve avanço?

Não houve acordo, nem conversa.

Você acabou de ouvir do Egídio que o Fred quer voltar ao clube que ama. Isso lhe dá mais confiança?

O que o Fred falou eu já sabia. Em 2015 ele recusou uma proposta muito grande da China. Que ele tem um carinho e amor enorme eu não tenho dúvida. E o que eu disse foi mal interpretado. Eu disse que não vamos deixar de ter os pés no chão. Porque eu não trabalho com teto salarial de jogador, mas teto de folha. O presidente de clube que trabalha com teto de salario de jogador está ignorando algumas variáveis e vetores do futebol. O Fred só vai voltar se for um desejo dele. E se ele entender que é um clube diferente de quando ele saiu. Muitos que vieram estão ganhando menos que ganhavam nos seus clubes. O mercado precisa ser revisto. A gente negociava com jogador com aumento de 20%. Ele fechou com outro clube pelo dobro do que oferecemos. Eu sei do sonho do jogador, do torcedor. Não há nenhuma conversa aberta, não há valores discutidos. O jogador tem vínculo até o fim de 2020. Na matéria ontem havia a informação de que tem a possibilidade dele ficar lá. Eu leio tudo. Não temos características de ir primeiro no jogador. Sempre falamos com a diretoria primeiro. É assim que eu espero que eles façam comigo e com Fluminense. Ele será sempre bem vindo para terminar a carreira dele aqui e receber todas as honrarias que merece. Mas o Fluminense está em primeiro lugar.

Você prometeu um Fluminense gigante. E a gente viu isso na janela. Tem algum segredo para poder mudar tanto em tão pouco tempo? No ataque a média de idade é baixa também. Há um plano B?

A gente olha o mercado o tempo inteiro. Nomes são oferecidos, hoje ofereceram 2. Um deles de fora do Brasil. Mas não falo nomes. Uma instituição se mostra gigante por história e credibilidade. Jogadores começaram a acreditar. Jogador liga pro outro. Eu falei em Bacaxá que teremos dificuldades ainda. Ainda há cobranças, dívidas da gestão anterior. Não há como dobrar o valor da folha do ano passado. O futebol, operacionalmente, dá lucros. Mas eu preciso fechar esse espaço com as dívidas do passado. Se não tivesse, a gente dobrava a folha salarial. E é assim que vai reconstruir. O presidente do Bahia falou que o trabalho começou 6 anos atrás. Ele quadruplicou as receitas do Bahia. O gigantismo é nas atitudes, no posicionamento. Só discuti compra de jogador depois que quitei os salários. A gente tem dívidas. 200 milhões há curto prazo para bloquear nossas contas. Orejuela, Sornoza, De Amores. Nada foi pago. Eu falo porque jajá vai sair. O grande binômio da situação do futebol é que para aumentar receita precisa ganhar jogo. Se eu tiver a certeza. Se a gente tivesse sido rebaixado a gente perdia 80 milhões em receita. Esse é o segredo. Montamos uma excelente equipe financeira. Saíram vários jogadores no final do ano, por final de contrato. Tem rescisão para pagar. Férias, FGTS, tudo isso no imaginário do torcedor é que acabou o contrato, mas ainda tem que pagar. O Marcos Júnior tem coisa para receber. E estamos pagando ele em 20 vezes porque ele aceitou o nosso acordo e disse que nunca colocaria o clube na justiça. A penhora vai acontecer, mas isso fez mais criatividade e até ajuda de outros clubes, como São Paulo e Vitória. Há um respeito pelo jeito que estamos reconstruindo nossa imagem.

O Flu pagou pelo Yago? Algum acordo pelo Evanílson?

Sem pagamento, num acordo de percentual. Com Evanílson, temos 30%.

O Frazan lesionou. Tem conversas sobre Emerson Santos? Wellington Silva?

O Inter momentaneamente nao liberou. O jogador sabe do interesse. Ele tem que resolver lá. Assim que o Frazan lesionou, pensamos num zagueiro. O Paulo mantém conversas com Anderson Barros. Nós temos um menino da base que é André, que vai pro sub-23. E tem o Yuri também joga de zagueiro. Então há uma conversa para saber se há mesmo a necessidade de uma nova peça.

ST!


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