LEONARDO BAGNO – Quando eles vão pensar no Fluminense?

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Tricolores,

Há muito tempo que essa época do ano significa nada para a gente. Procurar notícias sobre o Fluminense passou a ser um tormento, já que nunca temos novidades positivas ou esperançosas. O final de 2018 não fugiu à regra. Tudo o que está acontecendo no Fluminense neste momento é a profunda crise política pela qual estamos passando somada à total falta de capacidade de investimento na montagem do elenco para 2019.

Perdemos, salvo engano, três titulares, negociados com outros times. São eles: Sornoza, Ayton Lucas e Richard. Perdemos também o Marcos Júnior, que não terminou o ano titular porque o nosso ex-técnico frequentemente equivocava-se no momento de escalar o time que iniciaria a partida. Vários contratos importantes encerram-se no final deste mês. Podemos perder Júlio César, que teve um ano espetacular, Rodolfo, Gilberto e Gum. E abrimos mão do retorno do Leo Pelé e do Wellington Silva. Aliás, gostaria de falar um pouco mais sobre este último.

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Como podemos abrir mão de um jogador que é diferenciado, muito acima da média dos jogadores de futebol que estão no Brasil, capaz de resolver uma partida ou fazer aquele algo a mais para mudar o rumo de uma partida encruada? E o pior é que nos livramos do jogador. Sequer exigimos uma compensação financeira ou um jogador em troca. Simplesmente cedemos o jogador exigindo, como contraprestação, o pagamento de seus salários.

O Fluminense atual virou um time gigantesco com pensamento de time médio. Lamento e incomodo-me demais com esse tipo de pensamento tacanho, que não se arrisca. O Wellington Silva é jogador que atrai torcida, que faz a gente sentar na arquibancada esperando por uma bola cair no seu pé aos 48 do segundo, mano-a-mano com o zagueiro molambo. Ele é jogador que faz o Fluminense lutar na parte de cima da tabela. Quiçá beliscar um título do Carioca, Copa do Brasil ou Sul-americana.

Mas não. Demos o jogador para o Internacional e vamos contar, para o lugar dele, com um jogador certamente de qualidade muito inferior, seja porque não temos ninguém próximo do Wellington no nosso atual elenco, seja porque não temos capital para investir num jogado com essas características. Não é esse o Fluminense pelo qual eu torço. Aliás, isso sequer pode ser chamado de Fluminense. O verdadeiro Fluminense jamais se acovardará para nada nem para ninguém.

Para completar, temos um presidente que não quer terminar seu mandato. Tenta adiantar as eleições porque a renúncia, caminho mais óbvio e adequado, colocaria o clube temporariamente nas mãos de seus traidores, cujo apoio foi conveniente para vencer as eleições.

Qual a credibilidade e/ou legitimidade de um presidente que declara publicamente que não quer terminar seu mandato? Se não quer permanecer presidente, que renuncie! Qualquer outra decisão seria uma manobra para ferir as regras do Estatuto, dando margem à judicialização da questão que, certamente, geraria o caos para o Fluminense até o final de 2019.

Quando essas pessoas vão parar para pensar no Fluminense?

Estamos no final de 2018. Permanecemos sem patrocínio máster, não fizemos uma contratação sequer para repor os jogadores que perdemos – alguns de qualidade para lá de duvidosa –  e nosso presidente já disse para quem quisesse ouvir que não tem interesse em se manter no cargo para o qual foi eleito. Pior cenário impossível.

E ainda tenho que aguentar o comentário de um amigo meu, comemorando que o Fernando Diniz, técnico recém-contratado, já trabalhou com o Danielzinho e sabe tirar deste o melhor que pode oferecer.

Agora vai!

Saudações Tricolores,

Leonardo Bagno

 

ACRÉSCIMO DE TEMPO: +1

46min: Feliz Natal para todos nós. Que os deuses tricolores façam das suas e ajudem-nos a atravessar o que deverá ser um ano ainda pior do que foi o de 2018.

 

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