LEONARDO BAGNO – O Maraca é mesmo nosso

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Tricolores,

Eu poderia escrever sobre o Pedro ou sobre a experiência que vivi ontem, no jogo da Argentina contra a Venezuela. Apesar de a pouco provável saída do Pedro ser mais importante para o Fluminense neste momento, quero contar para vocês o que eu vi ontem no Maracanã. Porque o que me fascina mesmo é torcida, de um modo geral, e a do Fluminense, especificamente.

Resolvi ir ao jogo por alguns motivos.

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Primeiro que sinto muita falta do Fluminense nesses períodos entediantes e intermináveis que o futebol nacional para por conta de seleção brasileira (que não tem nenhuma identificação com a verdadeira torcida que vai aos jogos, apesar de isto estar mudando um pouco).

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O segundo foi poder ir a um jogo de futebol, no Maracanã, com a camisa do Fluminense (no meu caso, fui com a camisa tricolor do Vélez Sarsfield e levei uma bandeira do Flu no ombro, que acabou indo para o bolso da bermuda por conta do calor de Verão que faz durante o Inverno carioca). Deu para enganar o cérebro um pouquinho.

O terceiro, e último motivo, foi poder compartilhar com um amigo meu, que é meio brasileiro e meio argentino, este momento. E conseguimos viver isso da melhor maneira possível, como vocês lerão abaixo.

No dia anterior ao jogo, quando havia resolvido de supetão ir à partida, comecei a entrar em contato com amigos tricolores para saber se iriam também. Foi de um deles que recebi a notícia de que o Maracanã iria acordar com uma surpresa.

A surpresa era o muro de um terreno limítrofe com a Rua Eurico Rabelo (o nosso lado no estádio) pintado com as nossas cores e com as do Vélez. Além de homenagear uma amizade que foi inteiramente criada pela própria torcida – e abraçada pelos clubes posteriormente -, ainda marcava o nosso território para os brasileiros desavisados que chegavam no Maracanã.

E tinham muitos. Um, atrás de nós, perto da bilheteria dois, na Eurico Rabelo, portanto, perguntava para sua companhia se o estádio tinha cobertura (?), temendo pelo sol que pegaria na arquibancada. Um pequeno exemplo do público que vai a esses jogos.

A homenagem estava lá, quase intacta, exceto por um borrão azul, numa tentativa vã de torcedores adversários em estragar o trabalho feito pela torcida do Fluminense. Provavelmente coisa de flamenguista. Ou de vascaíno? Sei lá.

Assim que chegamos nas imediações do estádio, dirigimo-nos para a rua onde fica o bar do Sobranada. Afinal, era nele que haveria um assado (churrasco em castelhano) de confraternização entre as torcidas do Fluminense e do Vélez.

Ao chegar no local, a primeira feliz constatação: a nossa torcida não só compareceu na confraternização como estava gigantesca dentro do estádio.

Tenho costume de ir em jogos de seleções no Maracanã. Desde a década de 90. Nunca tinha visto a torcida do Fluminense do tamanho que estava ontem.

Eram camisas e mais camisas por todos os lugares que se olhava. Tricolor, branca, grená, laranja e azul. Uma verdadeira invasão tricolor no jogo da Argentina.

O que me fez refletir: por que só em 2019 eu fui ver algo dessa magnitude acontecer? Será que essa relação de amizade com o Vélez fez a torcida sair de casa para ir ao jogo?

Acredito que o motivo não seja esse. Acho que o verdadeiro motivo é justamente a sensação de pertencimento que a torcida tem com o Maracanã, que passou a ser nosso recentemente. Estamos, mais do que nunca, sentindo-nos em nossa casa. Nosso lado. Nossa entrada. Nosso bar.

Eis a importância de o Fluminense lutar pelo seu lado. De fazer valer o contrato que mantinha com o extinto Consórcio. De toda aquela celeuma que tivemos contra o Vasco.

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E o Vasco sabe disso. Não é à toa que eles tentam, ainda que sem sucesso, criar essa briga e tentar levar na mão grande um espaço que não é seu, uma vez que o Maracanã não é deles.

Que todo tricolor passe, se é que tem algum que ainda não tenha entendido a dimensão desse assunto, a ajudar a defender esse posicionamento do clube. Ter nosso lado, nossa entrada, nossa rua e nosso bar cria identidade. Torna o estádio nosso. Gera costume. E aumenta a presença da torcida em dia de jogo. Só falta a gente voltar a ganhar para o público tomar o rumo da nossa casa, o Maracanã!

Saudações Tricolores,

Leonardo Bagno

ACRÉSCIMO DE TEMPO: +3

46min: O presidente foi muito bem ao dizer que não vai sequer abrir negociação com o Flamengo pelo jogador Pedro. Está correta a postura. Se o jogador sair, que se pague a multa contratual. De outra forma, não há possibilidade. Essa resposta tricolor demonstra grandeza, determina o nosso posicionamento e sinaliza que a postura agora é outra. Gostei!

47min: Não temos lateral esquerdo (Mascarenhas machucou-se) e nem goleiro (Rodolfo suspenso por doping) para o restante do Brasileiro. Precisamos de jogadores. Salários permanecem atrasados. Complicado o momento que vivemos.

48min: Cinco jogos por R$ 30,00 cada, ou seja, R$ 150,00. Achei bola dentro da Diretoria. Que a torcida compre imediatamente essa promoção, gerando receita limpa pra o clube honrar com seus compromissos, que estão atrasados, como estamos cansados de saber. Dará tranquilidade para a nova gestão que está apenas começando. Chegou a nossa hora de ajudar o clube e ainda ir aos jogos por um preço razoável. Vamos nessa?

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