Formação inicial não funciona, Flu sofre e só empata no Maraca

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O que Odair Hellmann pretendeu escalando Miguel e Nene como atacantes eu não posso comentar, pois não sei. Mas sei que não funcionou. A menos que o treinador quisesse ver um time apático na criação, carente de lampejos de inspiração individuais, para conseguir agredir o limitadíssimo, porem aguerrido, Unión La Calera. Alias, que time carne de pescoço. E como bateram!

O Flu começou o jogo querendo mostrar que iria pra cima, tentando a marcação alta. Mas logo percebeu que o time do lado de lá era ajeitadinho e que não seria fácil se impor. Sobretudo com uma saída de bola lenta e sem criatividade. O time, mais uma vez, não tinha meio de campo criativo. Os volantes chegavam na linha do círculo central e levantavam a cabeça para encontrar Matheus Alessandro, Miguel, Nene e Yago de costas pro gol, cada qual com seu marcador no cangote, sem espaços para nada. Assim, a defesa conseguia levar sempre a melhor, quando  jogada vinha se desenhando dessa forma.

A primeira bola de perigo veio num erro adversário. Hudson rouba e serve a Nene, que avança pelo meio. O meia tenta Miguel, mas a bola desvia no zagueiro e sobe. O próprio camisa 30 se ajeita e bate de prima para a excelente defesa do goleiro. Na sequência, um escanteio perigoso pela direita. Uma falta, que termina num chute rápido de Gilberto e um chute de Hudson, na entrada da área. Pouco, muito pouco para quem queria o resultado.

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O segundo tempo começou e o Flu voltou com Marcos Paulo no lugar de um inoperante Yago. Quando se espera que o meia dê maior sequência às jogadas pelo meio, girando e dando velocidade nos lances, víamos um jogador burocrático, deslocado do jogo e que não conseguiu produzir. Cornetada sim, pois acredito que ele ainda possa render muito mais. Estamos no início de temporada e creio que, não só ele, todos podem subir de produção. Mas a entrada de MP mudou a cara do jogo. Nene foi para o meio, lugar de onde nunca deveria ter saído, e o Flu se soltou.

Matheus Alessandro achou Miguel penetrando na área e deu um passe digno de Deco. O camisa 30 ainda avança e rola para trás, mas entre Nene e MP e a bola sai da área, sem levar perigo. Na sequência, talvez o lance mais plástico do jogo. MP avança pela canhota e acha Nene na cabeça da área. O meia percebe a entrada de Miguel e com “oto calcanhar” deixa o camisa 30 na cara do goleiro. E ali, faltou um pouquinho de calma, ou maturidade, pro Miguelito. Ele bate em cima do goleiro.

O Flu vinha melhor no jogo, conseguindo se impôr – finalmente – e logo depois abre o placar. Luccas Claro chega na dividida e a bola espirra para Miguel. De prima, ele deixa com Henrique que acha MP na meiuca. O camisa 11 percebe a movimentação de Evanilshow, e toca na frente. O camisa 9 invade a área e fuzila no canto esquerdo baixo do gol. Flu 1 x o.

E o apagão. O Flu cavucou o gol até encontrar. E num lateral, na canhota da zaga, um vacilo geral e a bola sobra para o atacante deles, que domina e chuta. Bola até defensável, mas os caras empatam. A partir daí, foi um Deus nos acuda no ataque tricolor. Bolas alçadas a torto e a direito, time batalhando de forma desorganizada. Um chute cruzado de Evanilson, uma expulsão do lado de lá – o careta deu um fatallity no Digão – e só.

Agora é preparar o time principal, com Marcos Paulo e Evanilson no ataque, entender que Miguel e Nene são meias, que a gente volta com a vaga do Chile. E ainda temos o Ganso…

 

ST

Foto de Capa; Lucas Merçon / FFC


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