Flu inicia bem o jogo, abre o placar e… recua. Time é penalizado com gol no fim e inicia “Era Marcão” com um empate
Os primeiros cinco minutos da “Era Marcão” não foram lá essas coisa. O Flu foi sufocado pelo adversário no início do jogo, mas logo soube se impor. Com um meio de campo mais “burocrático” – com a entrada de Yuri – Marcão apostou nas chegadas de Hudson na frente, e contava com uma nova grande atuação de Marcos Paulo. O primeiro fator até que ocorreu, pois o camisa 25 conseguiu chegar bem e rodar a bola na entrada da área vascaína. Mas o segundo, não. Marcos Paulo não foi, nem de longe, aquele jogador do último jogo. Ainda assim, o Flu tinha mais volume de jogo e conseguia levar perigo ao gol adversário.
Marcão prometeu não mexer muito no Flu de Odair e parece ter conseguido. Não só pelas poucas mudanças do último jogo do treinador – entradas de Julião e Yuri, nos lugares de Calegari, com a seleção, e do machucado Martineli – o Fluminense marcou seu gol e, institivamente ou não, recuou. Tanto que o Flu passou de incríveis 69% de posse de bola e 9 finalizações – com 3 chances de gol no 1º tempo – para ZERO finalizações no segundo (a do Caio Paulista o lance estava parado) e terminou o jogo com 50% da posse, ou seja, cedeu a bola, terreno e, por fim, o empate. No final do primeiro tempo, a sensação era de que 1 x 0 era pouco.
Se Marcão não pediu para o time recuar, precisa corrigir isso com urgência. O Flu deixou de jogar e, pior, deixou o sofrível time do Vasco jogar. Agora, se Marcão orientou a galera para recuar, ele precisa rever seus conceitos urgentemente. Alias, a escalação inicial também merece ser revista. Primeiro porque Danilo Barcelos não pode, jamais, ser banco no time para o Egídio. Sem desmerecer o jogador, Barcelos oferece algo que Egídio não entrega há muito tempo: profundidade pela canhota. Sem ele, a ponta esquerda sobrevive de lampejos de Wellington Silva, que precisa vir buscar muito o jogo e embola com o Marcos Paulo – que alias, já provou por A + B que NÃO consegue jogar como um falso 9. Ele rende muito mais como meia de ligação, jogando solto por ali. Outro ponto, mais do que importante: sobe a molecada, professor. Nós já sabemos o que nossos atacantes reservas podem nos entregar. Ontem, com mais opções de velocidade no banco, o time poderia ter sido outro.
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Agora, o Flu encara o famigerado Atlético-GO na casa deles, onde fomos traumaticamente eliminados da CB 2020. Marcão só terá um dia para armar o novo time, que não vai poder contar com WS e Yago (que surpreendeu muitos e voltou em tempo recorde), que estão suspensos. Marineli está lesionado e só volta ano que vem. Luiz Henrique e Calegari, talvez a ausência mais sentida, estarão, ainda com – ABSURDO – a seleção. O time se reapresenta hoje à tarde para o regenerativo, restando somente a terça para o treino.
Que Marcão consiga corrigir o time a tempo. Pois, senão, o sonho da Libertadores vai começar a ficar cada vez mais distante.
ST