Fernando Diniz enaltece o sistema defensivo tricolor:”Oferecemos pouco contra-ataques para eles”
Em coletiva de imprensa após a boa vitória sobre o Cruzeiro por 3 a 0 que garantiu o Fluminense na próxima fase da Copa do Brasil, o técnico Fernando Diniz enalteceu a forma de jogar do time e teceu elogios a equipe mineira
Muito elogiado pela forma que o time joga por parte da imprensa, o treinador ressaltou a maneira que o time soube suportar a pressão exercida pelo Cruzeiro
“O Fluminense continua fazendo o que fez no Brasileiro. Em alguns momentos, eles tiveram o domínio, a torcida apoiou. Sabíamos que seria assim. A equipe não se desesperou. Jogou, criou chances e mereceu ganhar do jeito que ganhou”
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Com uma vantagem mínima obtida no jogo da ida, o clube mineiro com o apoio do seu torcedor, até pressionou o Fluminense em alguns momentos da partida. No entanto, Diniz gostou da postura do time diante nos momentos mais difíceis do jogo
“Era um jogo que a gente sabia que era difícil. Criamos oportunidades, eles tiveram chance. O que foi determinante, quando o jogo ficou muito em transição, eles com o apoio da torcida, ficou perigoso para gente. Mas o Fluminense não ficou desequilibrado. Em dado momento, eles tiveram domínio, mas não ficamos desequilibrados. Oferecemos pouco contra-ataques para eles, soubemos levar o jogo e a vitória foi merecida”

Ídolo do Cruzeiro, com quase mil jogos pelo clube celeste e diversos títulos com a camisa celeste, o goleiro Fábio chegou a ser vaiado pela torcida do time local. O treinador falou sobre isso
“Não percebi vaia não. Ele é um dos maiores ídolos da história do Cruzeiro. Se foi vaiado, é uma pena. Era um jogo especial, importante para ele. Ele foi gigante, para mim é um dos maiores goleiros da história do país. Acho que ele nem sabe o tamanho dele. É uma pessoa especial, ímpar. Fez defesas importantes, bonitas, como fez do Ceará. É um cara que merece muito”
Desde o início do Brasileirão, o Fluminense era visto como um time que iria figurar na parte central da tabela. O técnico falou sobre o olhar de desconfiança daqueles que não acreditavam na capacidade do elenco tricolor
“Desde que cheguei aqui os jogadores têm se empenhado e são merecedores de tudo que acontece. Acontecem as coisas por causa da dedicação e harmonia que já haviam antes de eu chegar. Acabei me aprofundando no que tinha de positivo, é um clube muito equilibrado. Muito diferente do que encontrei em 2019”
Em sua primeira passagem pelo clube em 2019, o time criava chances mas não conseguia marcar. No entanto, o técnico tricolor falou sobre a diferença e as mudanças de 2019 para cá
“Essencialmente não mudei nada. Tem gente que milita no esporte que tem uma dificuldade de reconhecer o que é bom e o que ganha. Não necessariamente o que ganha é bom. Essencialmente, eu continuo a mesma pessoa. Fui melhorando no que precisava: estudar, respeitar o adversário. Eu sou o cara que mais me cobro. A gente teve falha hoje, teve com o Ceará. O Fluminense é um time gigante. Mas muita gente não sabe diferenciar o time de 2019 para o de hoje. Era um time com meses de salário atrasado. Mas como a gente tem um loucura que vai para torcida, volta para a imprensa. Não tem uma diferença grande no trabalho, mas muita coisa melhora. Em 2019, a gente criava e criava e não vinha o gol. Hoje a gente tem um Cano que precisa de poucos minutos. A gente precisa avaliar o contexto”
Com a venda de Luis Henrique para o Betis e aposentadoria de Fred, o clube se mexeu no mercado trazendo dois reforços para o setor: Alan e Marrony. Além da volta do uruguaio Michel Araújo que havia sido emprestado para o futebol árabe. Mas como esses reforços serão utilizados ?
“Não tenho preocupação. Tanto Marrony como Allan estão chegando, vão ter que se adaptar. Não sou treinador de pedir reforço. O Luis Henrique saiu e é praticamente repor com as mesmas características. O Fred se aposentou, e é muito difícil repor. O Fluminense vai ter que se adaptar”