Ferj rompe contrato de transmissão com Flow após participante defender a existência de partido nazista

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A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ) anunciou que irá romper contrato de transmissão com o canal de streaming Flow Sport Club, que detinha os direitos de 16 partidas do Campeonato Carioca. O que motivou tal decisão foi a fala do integrante Bruno Aiub, conhecido como Monark, que relativizou antissemitismo e defendeu que a lei brasileira deveria permitir a existência de um partido nazista.

Por meio do perfil do Cariocão Betfair, a federação informou o rompimento:

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As falas ocorreram no episódio 545 do Flow Podcast, no qual os deputados federais Tabata Amaral e Kim Kataguiri estavam sendo entrevistados. Em determinado momento do programa, Monark afirmou:

– Acho que deveria ter um partido nazista reconhecido pela lei. As pessoas não têm o direito de serem idiotas?

A deputada rebateu o apresentador, pontuando que isso colocaria uma minoria em risco, precisamente a comunidade judaica. Sobre o pretexto de estar defendendo a liberdade de expressão, ele prosseguiu questionando “se uma pessoa quiser ser anti-judeu, ela deveria ter o direito”.

O vídeo rapidamente tomou grandes proporções nas redes sociais e gerou revolta, fazendo com que algumas marcas que patrocinam ou patrocinaram se manifestassem, como a Mondelez Brasil, detentora da marca BIS e a Puma. Além delas, entidades judaicas emitiram notas de repúdio a respeito do ocorrido:

“A CONIB (Confederação Israelita do Brasil) condena de forma veeemente a defesa da existência de um partido nazista no Brasil e o “direito de ser antijudeu”, feita pelo apresentador Monark, do Flow Podcast. O nazismo prega a supremacia racial e o extermínio de grupos que considera “inferiores”. Sob a liderança de Hitler, o nazismo comandou uma máquina de extermínio no coração da Europa que matou 6 milhões de judeus inocentes e também homossexuais, ciganos e outras minorias. O discurso de ódio e a defesa do discurso de ódio trazem consequências terríveis para a humanidade, e o nazismo é sua maior evidência histórica”

 


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