Fala, Roger: “Até os 47, estávamos levando um ponto importante”
Por Bruno Sznajderman, Caio Ramos e Mateus Maltoni
O Fluminense enfrentou a equipe do Internacional e saiu derrotado pelo placar de 4×2, fora de casa, em partida válida pela 16º do Campeonato Brasileiro. Ao final do jogo, o técnico Roger machado, na entrevista coletiva falou sobre o resultado, a próxima partida e muito mais, confira:
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“A formação foi visando o jogo de hoje apenas, mas nada impede que seja utilizada em outros momentos. Eu penso que nós fizemos um jogo de recuperação durante os 90 minutos, por termos saído atrás do placar. Com essa formação, a gente conseguiu ter o controle do meio, com a presença do Paulo atrás do Abel, a gente teve o controle da bola muitas vezes.
Saímos duas vezes atrás do placar e conseguimos com força e confiança empatar o jogo, que acabou sendo decidido nos dois minutos finais, em que a gente se descuidou no setor defensivo e tomou o terceiro gol, que foi uma jogada muito parecida com a do primeiro, em uma jogada de cruzamento do Cuesta.
Claro que é muito frustrante você estar perto de levar um ponto importante fora de casa e acabar com um placar de 4 a 2, restando menos de dois minutos para acabar a partida.
Não é o momento de ficar procurando culpado. É do treinador assumir toda responsabilidade do processo e que essa derrota não tire nossa confiança para o jogo da semana”.
Mal momento da equipe e sequência de derrotas
As equipes vão passar por um mal momento, ou seja, por perda de jogadores por lesão, suspensão, na janela de transferência os times vão perder jogadores importantes. O mal momento coletivo em função do desgaste da temporada vai acarretar por vezes as minhas escolhas e decisões dentro do campo também vão influenciar o processo. Eu quero acreditar que tudo isso somado a esse mês muito decisivo, de muito volume de jogos tenha saído dos trilhos. A gente tem buscado alternativas para melhorar e evoluir. O resultado de 4×2 é muito ruim tendo em vista que nós temos uma partida importante na quinta-feira e temos que estar com a confiança no alto. Esse jogo era muito importante para recuperação do campeonato brasileiro, primeiro de tudo. E em segundo momento pra que a gente conseguisse pontos importantes que nos dessem uma subida na tabela. Nesse momento a gente tem que estar muito fechado, como disse, a responsabilidade é do comando. As explicações a gente vai procurando e buscando alternativas para minimiza-las”.
Erros que a equipe tem cometido nas últimas partidas
“As equipes vão oscilar durante a temporada, o que a gente procura sempre é conciliar desempenho com resultado. Nós temos uma equipe competitiva que joga no limite da sua capacidade, com jogadores jovens sendo lançados e colocados à prova em jogos muito importantes também. Esse nosso momento, que é um momento importante na temporada, o mês de agosto é um mês pesado em função dessas decisões de Copa do Brasil e Libertadores associadas ao Campeonato Brasileiro, nós temos oscilado sobretudo no Campeonato Brasileiro, tanto que nas últimas quatro rodadas não conseguimos vencer e nas eliminatórias de Copa do Brasil e Libertadores nós passamos competindo e jogando no limite da nossa capacidade, mas de fato nós precisamos encontrar algumas soluções, hoje foi uma tentativa de buscar algumas peças diferentes e jogadores em locais diferentes para dar uma consistência. Penso que funcionou, o Yago jogou bem numa posição que ele jogava há um tempo atrás e deu uma consistência defensiva importante para gente, conseguiu ter seu jogo, mas é difícil a gente falar de um jogo em que você sai perdedor por quatro a dois e deseje tirar algo de positivo, mas eu não posso deixar de avaliar que nós fizemos até os 47, estávamos levando um ponto importante, mas a frustração do resultado, o desânimo dos atletas no vestiário demonstra como a insatisfação de um resultado como esse reflete no grupo de jogadores. Como eu disse anteriormente, é procurar ter serenidade agora porque nós temos uma decisão importante. Era importante pontuar hoje, sobretudo no Brasileiro, mas também levar confiança para a Libertadores. Esse grupo já provou várias vezes que é possível e vai ser mais uma vez dessa oportunidade de provar novamente”.
Sobre os maus desempenhos em sequência e a necessidade de jogar bem contra o Barcelona para se classificar na Libertadores
“Eu não concordo completamente que nós fizemos um mau jogo, o jogo fez decidido nos minutos finais. Penso que nós tivemos bons momentos na partida e o resultado não demonstra o que foi a totalidade do jogo, um resultado com diferença de dois gols.
Se a gente reunir nossas energias, a confiança, o que nós temos como característica no grupo é a nossa competitividade, os jogadores que, quando estão no melhor momento, decidindo a nosso favor. É isso que a gente espera reunir durante a semana e fazer desse jogo a nossa vida, porque ele vale uma classificação para a próxima fase da Libertadores.
Com relação ao Campeonato Brasileiro, evidentemente que os quatro jogos sem vencer nos preocupa, dentro dessa maratona de jogos, de três competições disputadas simultaneamente. Não há explicação, mas a gente consegue encontrar justificativa no grande volume de jogos que a gente vem jogando e jogos decisivos cada quarta e domingo.
É reunir as energias sem apontar culpados, porque não é o momento para isso. Trabalhar para quinta-feira para a gente estar muito bem emocionalmente para entrar nessa decisão”.
ST