Fala, professor – Coletiva de Diniz no CT

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Após o treinamento desta quarta-feira, visando o clássico pela semifinal da Taça Guanabara, o técnico Fernando Diniz atendeu a imprensa. Comandante tricolor falou sobre aspectos psicológicos que envolvem o clássico, ainda mais aflorados após o incêndio, situações de Gilberto, Pedro – que se recuperam de lesão – e Ganso. Falou também sobre o lance em que João Pedro se lesionou e analisou o clássico desta quinta-feira.

Confira:

  • Incêndio no CT do Flamengo e como influencia na partida

– Em um jogo de futebol o lado psicológico sempre tem um fator muito decisivo. Isso que aconteceu é algo que transcende ao futebol. Eu não quero entrar nisso. A tragédia foi sobre a vida das pessoas. Fiquei muito entristecido o que aconteceu, mexe com a gente. O jogo, nesse sentido, nem é o mais importante. Não gostaria de associar a tragédia com o jogo. Ele vai acontecer e quem for melhor vai ganhar. O fato foi à parte. A sociedade de maneira geral tem de saber usar o que aconteceu para evitar que se repita.

  • Análise para a partida

– Penso a cada jogo, mas o nosso estilo segue e serve em todas as situações. O time tem jogado bem. Temos de tomar muito cuidado com o Flamengo e estamos tomando todos os cuidados para a gente se precaver. Eles têm grandes jogadores, um grande investimento e um treinador estrategista. Estamos atentos, mas dentro das nossas características. Além disso, tentamos melhorar cada vez mais para que o nosso estilo fique cada vez mais sólido.

  • Pedro e Gilberto

– Pedro ainda está distante de voltar. Gilberto está evoluindo muito bem. O departamento médico faz um trabalho fantástico com o Gilberto, que participa de alguns treinamentos comigo. Não quero dar previsão para não frustrar torcedor.

  • E o Ganso?

– À priori, o estilo dele se adapta muito bem ao que o Fluminense tem jogado. É um time que tem a bola e troca passes. Ele tem um encaixe em andamento com o Fluminense. Agora, precisa ter a adaptação ao futebol brasileiro e a convivência interna. Estou esperançoso para oferecer um bom ambiente e que ele possa devolver isso dentro do campo.

  • Fla-Flu como técnico

– Sempre é diferente. Eu adorava jogar. Confesso que estou com muito prazer de participar agora como técnico. O jogo mexe. O Rio respira o futebol de forma diferente e a gente percebe nas ruas. Tem um charme envolvendo o Fla-Flu. E é muito bom poder participar.

  • Lesão de João Pedro

– A primeira coisa é que não teve maldade no lance. Eu estava perto, isso é o mais importante. Circulou algo interno nosso que não era para circular nas redes sociais. O Bruno é um grande profissional e se empenha para poder render. João Pedro é um jovem promissor. Não teve maldade no lance, eu estava ali e não vi maldade. Bruno treina, de fato, muito duro. Se tivesse maldade, eu teria corrigido. Bruno pediu desculpa e, internamente, está tudo bem. Não foi nada grave com o João Pedro, daqui a pouco ele volta e vai nos ajudar na hora certa.

  • Haverá alterações para o clássico

– A formação a gente vai decidir só um pouco antes do jogo.Temos algumas situações. O estilo será mantido. A melhor maneira de se precaver contra o Flamengo ou o Barcelona é jogar da maneira que se treina todos os dias. A gente fez uns ajustes diante do River-PI e conseguimos um placar dilatado pois encaramos com seriedade e estudamos. Com o Flamengo, temos mais informações. Para fazer frente, temos de fazer o que sabemos de melhor. Mudar para enfrentar um adversário, no fundo, você está se fragilizando. É assim que penso o futebol.

  • Possível interdição do CT Tricolor

– Se a gente perder esse espaço para treinar, preocupa e muito. Vamos treinar onde? Com boas condições aonde? Espero não aconteça. Vocês estão aqui e observam que não há refeitório e tampouco alojamento. Aqui o que temos são os campos e os vestiários. Em termos de segurança para quem está aqui, aparentemente, não temos problema. Espero que haja bom senso. Não vai ser tirando o Fluminense daqui que daremos condições de segurança. Quem está aqui tem boas condições para desenvolver o seu trabalho.

  • Ainda sobre o incêndio ocorrido no Ninho do Urubu

– Eu quero é que tudo melhore como um todo. Sobre o que aconteceu no Flamengo, a parte principal faz parte do momento em que vivemos no futebol. A criança sai de casa muito cedo e o amparo emocional e a assistência social fica a desejar nos clubes. Eles vivem longe dos pais e em um ambiente competitivo. A gente perde talentos. Já opinei. O que acontece em campo no Brasil é mais pela vertente, pelo psicossocial do que tático. Temos de ter esse olhar. O mundo do futebol é muito agressivo. Se formarmos melhor, teremos um futebol melhor.

  • Recado para a torcida

– Espere o que a gente pode prometer. Será um time com comprometimento, que busca o resultado. Preparamos o time para isso. O que acontecerá, não sabemos. A gente está imbuído em fazer o Fluminense ter dias melhores.

ST

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Foto : (Divulgação / STpontocom)

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