Fala professor – A entrevista após a derrota
O Flu vinha de uma boa sequência de jogos, com apresentações organizadas e o 3-5-2 amadurecendo, inclusive com mais intensidade ofensiva. O técnico enalteceu esse feito antes de reconhecer a experiência do adversário e de analisar que o segundo gol sofrido foi determinante:
– Viemos de cinco jogos e quatro vitórias. Tínhamos um time bem ajustado. Teve muito do mérito do Flamengo, tem um time experiente e técnico. Não foi desculpa, mas eles ganharam dois dias a mais de descanso na semana. Nós começamos bem, tivemos uma situação de gol. A partir do segundo gol deles, acabamos nos desorganizando. Tentamos jogar, mudar, mas temos que reconhecer que o Flamengo jogou muito bem.
Em outro trecho, o treinador reconhece o mérito do adversário:
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– Temos que parabenizar o Flamengo, que jogou muito bem. Time soube nos envolver tecnicamente. São jogadores experientes e de boa técnica. Deveríamos ter marcado melhor para jogar. O Paquetá e o Vitinho souberam explorar muito bem os espaços que deixamos, nossas falhas. Tentamos criar algumas situações, esboçamos alguns contra-ataques, mas acabamos errando o passe na hora de tentar a finalização.
Alteração na formação com Ibañez de volante para tentar parar o Paquetá
– Tivemos dificuldade enorme de marcar o Paquetá. Estávamos com três zagueiros e ele estava jogando em um setor intermediário ofensivo, pegando a bola com liberdade. Foi quando passamos o Ibañez um pouco para frente e deu uma ajeitada.
Mateus Norton e Marcos Júnior
– Todas as vezes que a gente perde, as primeiras perguntas são sobre as substituições e as escolhas. Quando a gente ganha, não tem esse tipo de curiosidade de vocês. Mas não tem problema. A escolha do Mateus é porque ele já cumpriu essa função, já jogou ali. Nós teríamos entre ele e o Dodi, que também faz a função, apesar de ser volante. E o lateral da posição, o Julião, não joga há muito tempo. O Flamengo é muito forte pelo lado, com o Vitinho. É um jogador driblador, agudo, ofensivo. Tínhamos a ideia de marcar bem o lado com o Mateus, que é um marcador, e soltar mais o Jadson por dentro. A ideia foi essa. Acho que não teve a influência direta no placar. O Marcos Jr já havia jogado nessa função. Inclusive, no jogo contra Paraná jogou muito bem. Óbvio que eu teria como opção repeti-lo. Ele pode fazer a marcação e ainda sai em velocidade para o ataque.
As alterações e o que se pretendia
– O Norton estava com cartão amarelo, então achei melhor improvisar o Jadson pelo lado e colocar o Daniel para ter uma melhor armação. Achei até que ele entrou bem no jogo, jogou bem, mas com o Flamengo já bem postado, tentando o contra-ataque. Depois abrimos mão de um dos zagueiros, o Ibañez, que estava de volante, para botar um volante que saísse mais, 0 Dodi tem essa característica, sai mais para o jogo, agride mais. No fim, tanto o Everaldo quanto o Marcos Jr. cansaram. Eu tive que abrir mão de um deles e tirei o Marcos Jr. para colocar o Matheus Alessandro para dar um pouco mais de velocidade, mas o Flamengo tinha o jogo dominado nesse momento.
A falta que Sornoza fez
– Difícil de fazer esse tipo de avaliação. Ele é um jogador experiente, que retém a bola, tem um chute de fora da área, bolas paradas. Tivemos três bolas paradas e escanteios antes de levarmos o segundo gol e elas não saíram bem. Temos um potencial muito bom em bola parada, mas não aproveitamos e o Flamengo aproveitou. Mas não podemos ficar lamentando as ausências de Sornoza, Pedro, Gilberto… Fica um tom de desculpa. Temos que jogar com os jogadores que estão aí, usar nossas armas. É um time que tem mesclado jogadores experientes com alguns que estão jogando seu primeiro Brasileirão.
Os gols sofridos de bola aérea
– Sobre as bolas aéreas, eu cobro mais as bolas paradas. O escanteio no fim do 1º tempo, esse sim, tínhamos que ter disputado a bola. Treinamos muito isso e temos potencial para defender. A bola do 1º gol foi em movimento e teve méritos do atacante do Flamengo. Primeiro gol nós perdemos uma bola dominada no meio de campo. No segundo gol a defesa toda estava postada, bola parada, tínhamos que marcar melhor. O jogador teve méritos, mas subiu sozinho. E o Flamengo com dois gols ficou muito à vontade para jogar no 2º tempo.
Postura do time
Os jogadores não deixam de lutar o tempo todo, são dedicados. Nós temos uma variedade de dificuldades e eles treinam intensamente e se dedicam muito no jogo. Temos qualidades e uma delas é o comprometimento.
E a Sula
– A Sul-Americana estamos lutando para chegar ao título, é difícil. Mas falando de forma realista, não podemos priorizar nada. Temos que atingir a pontuação necessária para ficar completamente livre de qualquer situação de rebaixamento no Brasileiro e talvez galgarmos algo mais importante – é possível.
Primeiro Fla-Flu
Clássicos sempre envolvem muita rivalidade, muito emocional, principalmente no torcedor. O Fla-Flu tem todo um charme diferente. Mas foi frustrante, pois viemos com uma mobilização forte, esperando fazer um grande jogo e fomos envolvidos pelo adversário.