Fala Angioni – diretor atende aos jornalistas
O diretor de futebol do Flu, Paulo Angioni, atendeu aos jornalistas hoje, no Centro de Treinamento, na apresentação oficial do novo treinador do clube, Fernando Diniz. O dirigente abriu a coletiva desejando boa sorte ao treinador e respondeu algumas perguntas dos presentes. Confira:
– Primeiramente é uma minha satisfação enorme estar aqui ao lado do Fernando, nesse novo caminho do Fluminense vai seguir. Eu já desejei pessoalmente, e volto aqui, diante de vocês, a desejar muito sucesso para ele, Confiamos muito na sua capacidade, o conheço desde a época de jovem, como jogador e já era um atleta diferenciado, uma pessoa que pensava até um pouco fora da curva. E como treinador eu tenho a convicção que será o futuro do futebol brasileiro, que o futuro está passando diretamente por ele, por todas as inovações que ele traz e por toda a sua força de vontade e de trabalho. Um desejo sempre de ensinar e de ganhar tempo dentro do campo corrigindo. Eu não vejo outra forma no futuro do futebol brasileiro, e eu entendo muito que o futuro está aqui.
Sornoza, Corinthians e Marquinhos Gabriel:
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– Em relação ao Sornoza, além do dinheiro, a situação é uma negociação triangular. Dentro daquilo que foi apresentado pelo Corinthians, a gente se fixou também no Marquinhos Gabriel. Fluminense deseja, o Corinthians deseja liberar o jogador para nós, mas tem a vontade, e o entendimento, do jogador. Sem esse entendimento é impossível você realizar. Então a gente tem as expectativas de fazer o Marquinhos entender que o Fluminense seria uma boa opção para ele, uma boa porta de entrada para um grande sucesso. Primeiro porque eu já o conheço. Lá atrás, o jogador estava no Inter, tinha saído do Inter e eu o levei para o Bahia, quando ele estava em baixa, e foi muito bem-sucedido. Ele foi muito bacana e jogou de uma forma que chamou a atenção e ele segui a vida dele, conseguiu sair de lá para o Santos. Da parte dele eu não tenho dúvida que ele tem uma gratidão muito grande. Mas garantir que ele venha para cá é quase que impossível. Eu não posso garantir nada. Eu tenho o desejo, o Fluminense tem o desejo, o Fernando Diniz tem o desejo, pois confia na grandeza do jogador e o que ele pode representar para o Fluminense. Agora depende do desejo dele, obviamente.
– É uma coisa que tá dentro do escopo da negociação com Sornoza, essa vinda do Marquinhos Gabriel. Não tem outro caminho, não veio o jogador ou vem outra possibilidade, porque nós temos o valor agregado ali. Marquinhos tem o valor agregado na negociação. Tanto o Marquinhos como Moisés tem valor agregado. Mas nós estamos avançando muito na negociação do Marlon com Criciúma, e a gente tá contando com o retorno dos Mascarenhas. E essas são situações que a gente está pesando para corrigir qualquer possibilidade de equívoco E para isso a gente demanda sentar e pensar. Pode ser que venha o outro jogador do Corinthians ou não, ou uma compensação financeira. Mas ainda tenho muitas esperanças que o Marquinhos venha.
Bruno Silva e demais negociações:
– Tem uma notícia que circulou, e a notícia hoje se reproduz mais rápido do que a concretização de um negócio, e o futebol é assim, ele é especulativo, ainda mais nessa fase, o futebol tem um interesse periférico. Mas eu vou falar do Bruno Silva: realmente é o jogador muito bem monitorado pelo departamento de scout, um jogador que realmente interessa o Fluminense, mas é uma possibilidade, não é nada de concreto. O que a gente já tem dele é a certeza que ele vê Fluminense de uma forma muito boa. Agora diante dessa certeza, são umas questões de ajustes para a gente ver se vai prosperar ou não nessa negociação.
-Em relação aos jogadores com término de contrato, são conversas que a gente tem há algum tempo. Tanto Gilberto, como Gum e como o Júlio, a gente já vai conversando há muito tempo. Mas a negociação ela demanda muito tempo às vezes. São as questões financeiras, o entendimento de mercado, como é que mercado reage naquele momento. Além de especulativo, o mundo do futebol é estratégico, tal qual bolsa de valores. Tem dias que está aquecido, tem dias que não está aquecido. Futebol é mesma coisa. Movimento hoje é aquecido, onde todo mundo procura todo mundo. E eventualmente você tem que entender isso e ter paciência nas negociação, se não você pode fazer um mau negócio, prometer o que não pode pagar e depois todo o mundo se volta contra você, porque você não honra os compromissos. Mas há a necessidade de renovar, e inovar, e na pressa você renova às vezes com o emocional e não com a razão. Como eu trabalho com números, eu vou sempre com a razão. Não tenho emocional na hora de renovar, até porque eu sou o primeiro a ser cobrado, não só pelo atleta, mas por toda a opinião pública. Eu tenho que ter muita cautela com isso, para não ultrapassar os limites de uma realidade e amanhã incorrer no erro, que ninguém aguenta ninguém aguenta, mais que é não pagar os salários.
E, por fim, sobre os boatos que atletas não querem vir para o Flu:
– Sinceramente acho que são desculpas que, até certa forma, não me convencem. Eu não entendo isso como desculpa das pessoas. Isso não me convence muito. Para mim, seria muito melhor ele dizer: “olha, eu prefiro ir para um clube que vai disputar a Libertadores” ou um clube que eu tenho outro tipo de possibilidade.Mas essa desculpa, de não querer vir para uma instituição do tamanho do Fluminense, eu acho que ficou um pouco “démodé”, para usar um termo mais antigo. Não tem sentido. Eu acho que você pode encontrar muitos argumentos para dar uma negativa, mas nunca desmerecer uma instituição do tamanho do Fluminense. Eu já ouvi isso e me irrita profundamente, as pessoas falarem mal das instituições. Eu acho que o atleta terá teu direito de não vir, mas ofalar mal dos outros eu não gosto desse tipo de ação não.
ST