Está nascendo um novo líder – Mudou o astral e tá na hora da torcida comprar a briga

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A torcida tricolor desde o dia 01 de Oswaldo de Oliveira no comando do time se manifestou de forma contrária. Para não falar que foi unânime, uma minúscula parcela da galera acreditava que o treinador poderia dar conta do recado e livrar o Fluminense de todos os males da queda de divisão. E essa simbiose, ou melhor falta dela, refletiu em muitos fatores dentro de fora de campo. Dentro vimos um Ganso nervoso, um time sem estrutura tática, sofrendo para vencer um limitadíssimo Fortaleza e apanhando de 3 do Goiás. Fora, um descontentamento explícito das arquibancadas com o treinador, lembrado nos cânticos de protestos e xingamentos dos mais variados. A falta de público nos estádios e a enxurrada de criticas nas redes sociais eram sintomas de que a vaca estava indo, a galope, para o brejo da segunda divisão.

E um dos principais fatores, quiçá o principal, que salvam clubes nessa situação estava rachado. A união entre gramado e arquibancada já não se sustentava e poucos jogadores eram poupados de vaias e críticas, das mais variadas. E essa união é fundamental à qualquer tipo de reação, sobretudo quando a bola não entra, o time não marca e sofre com arbitragens absurdas e momentos conturbados fora de campo. Mas basta um mudança e as esperanças se renovam.

Parece que sai um piano de cauda de cima dos ombros de cada um dos tricolores. O gesto de Oswaldo, na saída do gramado – quando ele mostra o dedo médio aos tricolores (sim, eram tricolores ali) – ao invés de ser alvo de manifestações coléricas da torcida foi comemorado. Sim, vejam vocês! Muitos tricolores comemoraram o fato do treinador ter tomado essa atitude. Isso porque deixou a diretoria com a calça arriada. Ou manda o cara embora ou assume o desrespeito que ele fez com os torcedores. Nem foi tão difícil imaginar que ele seria desligado, né? Pois é. E esse foi o segundo passo da mudança no astral.

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O primeiro passo foi reconhecer no Ganso um ídolo que não tínhamos desde a saída de Fred (independente de você achar ou não o Fred ídolo, leia o ponto de vista). Desde então não tínhamos um cara que batesse de frente com o sistema, que é foda; que saísse de campo sem se contentar com absurdos e mandar um sonoro “vai se fu… ” e “seu babaca” num campeonato falido, em que nosso antigo camisa 9 já tinha dito “que tinha que acabar” e “entrega logo pro Flame…” (não reproduzimos palavras de baixo calão nesse site). Tá certo que ele exagerou, é bem verdade. Mas a discussão dele com Oswaldo, à beira do campo, explicitou um descontentamento com o estilo de jogo que o treinador queria colocar em prática no Flu. E se Oswaldo estava querendo queimar Ganso com a torcida – pelo menos dava a impressão – o camisa 10 se antecipou e tacou um caminhão tanque numa faísca e provocou a explosão.

O Flu precisa de jogadores assim, com brio, que se incomodem com as derrotas, com as injustiças, que não tenham medo de falar mesmo. O politicamente correto vai entrar em ação e posso ser criticado aqui, mas dane-se o politicamente correto! Sou muito mais o Romário falando besteira, marrento, e jogado para caral*** dentro de campo; sou muito mais Renato Gaúcho, tirando onda, falando que é o Rei do Rio e provocando geral e sendo campeão; muito mais Fred, que falava o que tinha que ser dito, sobretudo, e que trouxe as conquistas que nos trouxe. Chega se ser politicamente correto e de engolir goela abaixo o que grande parte da mídia faz crer, ou os absurdos que estamos vendo em campo. Só chega!

O Flu precisa se reinventar e nada melhor do que um cara que assuma a responsa dentro do vestiário, dentro de campo, no elenco e em todo o resto. Não querem que ele faça seu papel de ídolo, de principal jogador do time? Então deixem-no fazer aquilo que ele sabe fazer. Não é só se aproximar da área para finalizar, isso é consequência. A missão dele começa nos treinos, passando confiança para a galera poder arriscar mais, chutar mais, tentar mais e, caso não consigam, deixa com ele que ele segura a pemba! Isso é ser o líder. É passar para todo mundo que o Flu não é bagunça e que se falarem o contrário, vão se ver com ele! Sim, Ganso é nosso líder e ídolo atual. Ponto, parágrafo, letra maiúscula.

Amanhã, diante de um Grêmio de reservas, mas com toda malandragem de Renato Gaúcho, teremos o primeiro desafio de Marcão no Brasileirão. Tenho absoluta certeza de que a galera vai comparecer em melhor número. Tenho certeza de que o nosso interino vai ouvir seus principais jogadores e vai dar o gás, a pilha, a vibração de que esses caras precisam para ir a campo e voltar com os 3 pontos.  Acabou a lamúria e a nuvem que sobrevoava o Reino se desfez! Precisamos de todos juntos, unido e forte pelo esporte! Precisamos ser Fluminense. Todos!

Um grande final de semana a todos,

Washington de Assis


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