ENFIM , CHEGOU A HORA (MARIO NETO)
ENFIM, CHEGOU A HORA (MARIO NETO)
Depois de mais ou menos um mês de espera, chegou a hora das oitavas de final da Copa Libertadores da América. Lembro-me como se fosse hoje da época do sorteio desta fase da competição. Imprensa, torcedores, analistas, quase todos foram unânimes em dizer que fomos “beneficiados” desta feita, como não tínhamos sido no sorteio da Copa do Brasil. Afinal, pegamos um dos mais fortes times, o Red Bull pela frente, que vinha e vem de ótima fase. Disseram que desta feita a “sorte” nos ajudou pois pegaríamos o Cerro Porteño do Paraguai, que vinha de uma campanha medíocre na fase inicial (teoricamente uma das equipes mais fracas de todas dentro da competição), classificando-se muito mais pela fraqueza dos rivais do grupo. Ok, tudo bem. Acontece que isto tudo é passado, passemos uma borracha, para o nosso bem. A cada partida, a cada fase, uma história diferente, já vimos isso várias vezes.
Pois bem, hoje a coisa está bem diferente, e em tese, do que aquele 22 de maio (data do sorteio para o jogo de hoje). Diria que o nosso “possível” favoritismo está muito mais pelo fato de poder decidir em casa do que qualquer outra coisa. Isso me lembra e me preocupa muito a Libertadores de 2011 que também, segundo todos, sobrávamos (favorito declarado!) na fase das oitavas. Na época enfrentamos Olympia do Paraguai ganhamos e bem a primeira partida em casa, por 3 a 1 e perdemos a segunda lá de 3 a 0, numa das piores e covardes atuações de toda a nossa história, uma proeza do Sr. Enderson Moreira, técnico (?)na época. “Sobramos”. Desta feita, o Fluminense navegava em águas calmas, não tínhamos até em então nenhum problema sério de contusão, enfim estava tudo às mil maravilhas. Um mês depois estamos cheios deles, o que nos dificulta muito. Sem falar de outras coisas que vêm me incomodando, do tipo más atuações por exemplo.
Embora tenha viajado com o time, Fred dificilmente terá condição de entrar na partida, um desfalque importantíssimo, não só como centro- avante, mas também como líder do time em campo. André Hernandes seu substituto está fazendo uma força danada para ter condição de jogo. O mesmo acontece com o John Kennedy. que foi como terceira opção. Tenho comigo que o Roger Machado, depois do jogo de domingo, pensa em começar a partida com o Lucca, que decidiu e teve boa atuação na partida contra o Sport. Outro problema que tem me tirado o sono é a ausência (está suspenso pelos cartões amarelo) do Martinelli no meio de campo, não só pelo que vem jogando o fino, mais também porque seu substituto será o garoto André de 19 anos, que ainda não jogou nesta Libertadores. Um batismo de fogo sem dúvida nenhuma.
Sobre o nosso adversário, Cerro Porteño: a imprensa local aposta nas contratações recentes que a equipe fez para esta fase da competição que, se não estou enganado, foram oito. Não temos conhecimento de quem são e quais qualidades possuem ou não e o que podem render em campo. Certeza eu só tenho de duas coisas: nos primeiros vinte minutos ou um pouco mais que isso, no primeiro tempo eles virão com tudo para cima da gente, o que é mais que natural já que precisam do resultado de qualquer maneira. A outra coisa é que não podemos errar tantos passes bobos como temos visto em profusão nestas últimas três partidas pincipalmente, sob pena de nos complicarmos seriamente para o jogo da volta no Mario Filho. Vamos esquecer, para o nosso bem, o FAVORITISMO que nos atribuíram na época do sorteio. Na Libertadores não se ganha na véspera, e muito menos tem jogo fácil. Vamos sofrer do início ao fim.
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