DO CEU AO INFERNO(MARIO NETO)
DO CÉU AO INFERNO (MARIO NETO)
“Não creio que o revés contra o Barranquilla na Libertadores influa nos nossos planos para os próximos jogos”, foi o que disse o nosso técnico Roger Machado nestes dias. Se ele falou isto, como costumamos a dizer “da boca para fora” ou “para inglês ver”, não vejo nada demais. Agora, se realmente Roger pensa assim, está completamente enganado. Se não trabalharmos a parte psicológica estaremos fritos. Em menos de uma semana passamos do céu ao inferno, é só ver a reação dos tricolores na rua e nas redes sociais, o desânimo, ou melhor a volta a nossa realidade está estampada na cara de cada um. Nunca “um ponto” custou tanto na nossa história. Jogamos fora e o que é pior, não merecíamos outra sorte, apesar dos gols perdidos pelo Kayke e pelo displicente, indolente e todos adjetivos do gênero, o garoto Luís Henrique, que perdeu três gols dos chamados inacreditáveis futebol clube, em três jogos seguidos (dois dos quais só não nos custou a derrota graças ao Fred, com seus gols decisivos) e não se incomodou com isso, não estava nem aí para isso.
Talvez ele conte com a parcimônia das redes sociais que o consideram um bom marcador e sempre o defendem, dizendo que ele recompõe muito bem o meio campo. “Quero mostrar meu valor para no fim do ano ir para a Europa”, é o seu pensamento. O mais grave disso tudo é que ele tem potencial. Na verdade, muito menos do que ele pensa, mas todos os adjetivos negativos já enumerados tomam conta da sua cabecinha. É uma pena. Voltando ao que vi contra o Barranquilla notadamente, foi um time desarticulado, que não marcava ninguém, aliás como de costume. Excetuando-se o segundo tempo contra o River Plate, nas outras partidas juntando aí o campeonato estadual e a Libertadores, não tivemos uma atuação sequer convincente. Tivemos sim, raça e aproveitamos as falhas dos nossos rivais, sem falar que o Fred nos salvou algumas vezes.
Deixemos a Libertadores de lado e vamos falar da decisão de amanhã contra o Flamengo. Se tivéssemos conseguido o ponto que nos classificaria, o diabo é que o se não entra em campo, jogaríamos o Fla – Flu muito mais leves, já que não precisaríamos pensar na partida contra o River Plate na terça feira que vem. Agora não. Classificado para a próxima fase, o nosso adversário está com a faca e o queijo na mão, não precisará poupar ninguém. Alguém tem dúvida de que apesar de estarmos em condições iguais (o primeiro jogo deu empate) eles são favoritos, principalmente na parte moral, depois de tudo nesta semana? Minha esperança resume-se em que cada partida tem a sua história e que o futebol várias vezes faz das suas: nem sempre quem está em melhores condições sai vitorioso. Voltando ao nosso time: não é de hoje que não concordo com esse 4-3-3 do Roger Machado, que deixa a defesa exposta demais e que o meio de campo não marca ninguém. Quem me dá o prazer de me ler sabe que sempre fui um “adepto” do 4-4-2. “Sacava” o Luís Henrique e colocaria o Wellington correndo. Alegarão que o sistema do Roger estava dando certo até há pouco tempo. Não vem não! Ainda mais com a péssima (desde que voltou da sua contusão) forma do Lucas Claro que outrora era a segurança em pessoa. Tomara que o Roger Machado acorde a tempo, pare para pensar um pouco, reforce a marcação diminuindo os espaços e atacando com faltas ou não o adversário, caso contrário nem a com a ajuda do GRAVATINHA tem jeito.
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