DO CÉU AO INFERNO (MARIO NETO)
ENTRE O CÉU E O INFERNO (MARIO NETO)
Duas semanas que decidirão o nosso futuro, hoje e sábado, também conhecido como dia 31de julho contra o Criciúma, pela Copa do Brasil (hoje em Santa Catarina e sábado dia 31 no Mario Filho) e na próxima terça feira dia 3 de agosto contra o Cerro Porteño pela Libertadores da América, também em casa, ambas competições importantes, tanto financeiramente (precisamos do dinheiro das próximas fases) como na parte técnica, para o nosso Tricolor. Em tese saímos para disputar estes jogos muito mais para o céu do que o inferno. Agora é bom colocar umas coisas para que confirmemos estes favoritismos na teoria. A primeira delas é que é preciso encarar seriamente o Criciúma, apesar da diferença técnica entre os dois times e o fato de estarem em um campeonato bem diferente. O Criciúma no momento participa da série C do Brasileirão e não vem de boa colocação. Mas futebol é futebol, onde nem sempre a lógica prevalece, como temos visto várias vezes este ano. A segunda delas é que temos que ser regulares nos noventa minutos, o que não vem ocorrendo nestas partidas, mais precisamente nas últimas quatro. Alternamos bons e maus momentos a toda hora.
Roger Machado, depois da derrota injusta contra o Palmeiras, respondendo ao nosso Pedro Rangel se iria poupar este ou aquele jogador, declarou que daqui para frente pelo menos nestas próximas semanas iria colocar a força máxima, o que não podia ser de outra maneira, diga-se de passagem. Estou ansioso para ver o nosso comportamento hoje contra o Criciúma que, apesar de ter que ganhar o jogo certamente não irá querer propor a partida, embora possamos ver aqueles dez minutos ou vinte tradicionais das equipes que jogam em seu domínio tentando o ataque. Daí em diante, depois deste provável início, proporemos o jogo? Não somos de fazer isso, pelo contrário, preferimos o tal “futebol reativo” que aliás não faz o meu gosto. Mas espero que o nosso comportamento logo mais seja um pouco mais flexível, devido à diferença entre os dois times no papel. Cá para nós, temos “obrigação” de vencer a partida, ou no mínimo tentar.
Não posso deixar passar em branco a quantidade de gols fáceis que temos perdido ultimamente por deficiência técnica gritante, como foi o caso do gol perdido, aliás não é o primeiro nem o segundo, pelo Gabriel Teixeira contra o Palmeiras, que poderia ter mudado a partida inteiramente. Fico me perguntando se esses garotos não treinam chutes a gol depois dos treinos, não tentam corrigir as suas muitas deficiências, naturais na sua idade, como não levantar a cabeça na conclusão de um lance. Como se diz por aí, errar é humano, persistir no erro é burrice. Talvez nós aqui mesmo no nosso site, o Saudações Tricolores e outros tantos, temos culpa no cartório. Qualquer garoto que surja na base já se começa a colocar nas “páginas” que eles são craques absolutos e merecem estar “agora”, “já”, entre os profissionais. Que estão “prontinhos da silva” para serem titulares e o que é mais grave, a garotada acredita piamente nisso e que não precisam aprender mais nada. Já são “os donos” da verdade. Querem um exemplo? Wallace, um garoto muito bom (apenas isso, no momento) já é apontado como novo Carlos Alberto Pintinho ou um novo Delei. Não fazem por menos. O garoto sequer ficou no banco e tem vários outros no mesmo nisso e que não precisam aprender mais nada. Já são “os donos” da verdade. Ninguém cita por exemplo o óbvio ululante do Nelson Rodrigues. Jogar nas divisões de base é uma coisa e nos profissionais é inteiramente diferente. O futuro desta garotada está em jogo, não se esqueçam disso. Que tal dar tempo ao tempo!!!!!!