DO CAOS AO APOGEU – A virada tricolor, que entrará para a história.

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Fluminense foi a Porto Alegre enfrentar o mistão do Grêmio, pela terceira rodada do Brasileirão. Sem pontuar ainda na competição, e acumulando três derrotas seguidas, o time do técnico Fernando Diniz sofreu uma baixa, antes do jogo. Everaldo foi desligado da delegação e retornou ao Rio – ele não joga mais pelo Flu. E quando a torcida tricolor esperava ver o retorno de Pedro ao time titular, o comandante promove a estreia de Guilherme, recém chegado. Mas o que mais causou furor entre os tricolores foi a manutenção da equipe com três volantes de origem: Allan, Bruno Silva e Airton.

E o jogo, que marcou o reencontro de Júlio César com o Fluminense, começou  com os dois times com marcações mais altas, a provocação de erros do adversário era a tônica. E num buraco enorme na direita, Jean Pierre enfiou para Cortês e André empurra para o gol. Falha monstruosa de marcação do Fluminense. Isso aos 5 minutos.

O Flu após o gol tentou se achar na partida. Trocando passes no ataque, nosso tricolor até se aproximava da área deles, mas não conseguia agredir. E eles chegaram de novo. Parecia treino pela facilidade da construção da jogada pela direita. Após uma perda de bola, daquelas que a defesa tenta sair jogando. Guilherme não acompanha Alisson que cruza para a cabeçada de Everton. Caio Henrique também falhou na jogada.

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E só dava os caras. Mesmo com a oportunidade de armar um contra ataque, o cruzamento de Caio Henrique foi a meia altura, e passou por Luciano. Flu parecia sentir o jogo nesse momento. Até os 15 minutos, jogo de um time só. Tanto que estava 2 x 0. E eles querendo ampliar. Muito mais próximos de fazer o terceiro, do que o Flu diminuir.

Brincadeira de criança. Gol de vídeo game. O time do Grêmio colocou o Fluminense na roda, inapelável. Uma jogada construída no meio dos três volantes. A diferença era absurda. Antes da metade do primeiro tempo 3 x 0 e o Fluminense sem saber o que estava acontecendo. Três volantes em campo e o time levando um banho de bola do Grêmio. Um caminhão passou por cima. E os caras querendo mais. A cada ataque do time do Sul era um ataque cardíaco na defesa tricolor.

Mas o Sobrenatural de Almeida resolveu aparecer na Arena.

Tá certo que o Flu só chegou aos 35 minutos, numa tabela em que a zaga corta e a bola bate na zaga e quase entra. Mas…. foi aí que Gravatinha apareceu também… ele entrou em campo para reestabelecer a ordem no caos tricolor…. Na sequência, Caio Henrique chutou e Júlio defendeu em dois tempos. O Flu parecia ter acordado para o jogo. E numa dessas chegou. O errado, que acabou dando certo, e o Flu diminuiu. Caio Henrique tabela com Luciano, avança e devolve para o atacante bater de prima. Ele pega mal na bola, que vai pipocando na direção do Yony que empurra. 3 x 1. Na sequência, Júlio César dá uma forcinha para o Flu. Ele tenta sair jogando e perde pro Luciano, que toca para o gol vazio, 3 x 2.

O segundo tempo começa com Daniel no lugar de Airton e o Flu melhor. Logo no primeiro lance a redenção de Júlio, que salva uma bomba de Bruno Silva na gaveta. No escanteio, novo milagre do goleiro em cabeçada de Matheus Ferraz. Parecia um outro time em campo, com uma outra postura. A bronca no vestiário pareceu ser grande. Antes dos 10 minutos, Júlio salvou três gols. Flu buscava o empate com a postura que a torcida quer: agressivo e partindo para cima. Daniel entrou muito bem na armação do time. Foi nele a falta, que originou o gol de empate.

Daniel recebe e gira na entrada da área. Na cobrança, Luciano sobe e fuzila de cabeça, para novo milagre de JC. Mas na sobra, Ferraz empurra para as redes.

Se no primeiro tempo parecia que era jogo de um time só, no segundo a tônica foi a mesma. Só que para melhor, pois agora era só do nosso Flu! Isso porque o time, que já vinha crescendo no final do segundo tempo, continuou sua melhora na etapa final. Antes dos 15 minutos, Renato Gaúcho tenta mudar o panorama do jogo e chama Luan e Marinho. Aos 18, Guilherme aparece no jogo, mas por uma falta – diga-se de passagem, falta para vermelho fácil – e recebe o amarelo. Já tava na hora de colocar o Pedro. E foi isso que o Diniz fez.

E aos 25 minutos, pênalti para o Flu. Após um agarrão em Matheus Ferraz, o Rafael Klauss não teve dúvidas e anotou a penalidade. Pedro pega a bola e parte para a cobrança e decreta a virada tricolor: 3 x 4! Outro jogo, outro time em campo! E se eles fizeram os 3 gols e não pararam, o Flu virou e também não parou. Apesar da subida do Grêmio, desesperado para empatar, o Flu não abdicou do jogo e se manteve vivo no ataque.

Bruno Silva erra no meio e dá a chance para mais uma chegada perigosa no meio. O jogo, que parecia estar sob um minimo controle do Flu, começava a esquentar. Luciano sente e sai. Julião entra no seu lugar e Caio Henrique passou para o meio. Aos 35, o Flu se defende e busca matar o jogo no contra ataque. E num deles, Pedro e Yony fazem uma tabela, até chegar em Daniel que bate no ângulo. Júlio César voa e tira mais uma. Na sequência, numa rebatida da defesa, escanteio para eles e o empate. Kanemann sobe sozinho na pequena área. Mais uma falha de nossa defesa…

Aos 40, foi a vez de Rodolfo voar e salvar a virada do Grêmio. Luan bate muito bem de fora da área e o arqueiro tricolor salva o Flu. Aos 43 Marinho fura dentro da pequena área. Era lá e cá. Aos 44 de novo Rodolfo. Aos 47 a redenção tricolor. Na falta sofrida por Daniel no meio, Allan levanta na área. A sobra fica no peito de Yony, que bate: 4 x 5.

O Flu que parecia ter se perdido no jogo, à beira de um caos, terminou a partida num apogeu que entrou para a a história…

 

ST

Washington de Assis

 

 

 


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