De Olhos Neles — Quatro pontos à frente do Fluminense, Fortaleza vive sua pior sequência no Brasileirão
Diante do Fortaleza, o Fluminense vai ter a chance de se aproximar de um dos rivais na briga pelo G4 do Brasileirão. E o Tricolor pode tirar proveito da má fase do Leão do Pici. O time comandado por Juan Pablo Vojvoda venceu apenas um dos últimos oito jogos pela competição.
Além da vitória, o time somou quatro derrotas e três empates no mesmo período. Ou seja, conquistou apenas 25% dos pontos disputados. Um aproveitamento menor, por exemplo, que o do vice-lanterna Sport, com 29%, e à frente apenas da Chapecoense, com 15,4% em todo o campeonato.
Assim, enquanto o Fluminense subia na tabela, o Fortaleza via a gordura acumulada no início do Brasileirão queimar. O time de três cores da capital cearense — que chegou a liderar durante três rodadas — caiu da terceira para a quinta posição após a vitória do Corinthians por 3 a 1 sobre o Bahia na última terça-feira (05).
Você conhece nosso canal no Youtube? Clique e se inscreva! Siga também no Instagram
Para o confronto contra o Flu, Vojvoda conta com o retorno do meia Lucas Crispim, um dos destaques da equipe e que esteve suspenso na derrota por 3 a 0 para o Atlético-GO em casa. De acordo com a imprensa, o Leão deve ir a campo com Felipe Alves, Tinga, Benevenuto e Titi; Pikachu, Ederson, Felipe, Crispim e Lucas Lima; David e Robson.
Marcação alta, muita intensidade e erros: Como joga o Fortaleza, próximo adversário do Fluminense pelo Brasileirão
Sob o comando de Vojvoda, o Fortaleza começou como uma das grandes sensações do Brasileirão 2021. O treinador, aliás, comandava o Unión La Calera que eliminou o Flu de Odair Hellmann na Copa Sul Americana 2020.

Pela equipe cearense, o argentino repetiu o mesmo estilo que mantinha no clube chileno. A marcação alta e a intensidade na pressão sufocavam o adversário, permitindo que o Leão do Pici roubasse bolas no campo de ataque e partisse em velocidade em direção ao gol. Desta forma, conseguiu grandes resultados como a goleada por 5 a 1 diante do Inter e as vitórias sobre Atlético-MG e Palmeiras fora de casa.
Contudo, o Fortaleza parece ter perdido fôlego nos últimos jogos. A primeira linha de marcação não tem sido mais tão eficaz nos desarmes. Sobrecarregando, portanto, a defesa.
O sistema defensivo do Fortaleza sofreu 12 gols nos últimos oito jogos, fazendo da equipe a sexta pior defesa do Brasileirão, com 26 gols sofridos enquanto o Fluminense aparece em 10º, com 24. O Leão tem demonstrado dificuldade principalmente com jogadores que surgem como elemento-surpresa. Papel que Nonato tem cumprindo no Flu. O volante marcou um gol, anulado, contra o Cuiabá e a finalização acabou se tornou uma assistência para Fred contra o RB Bragantino. Além disso, a defesa tem cometido muitos erros. De acordo com dados do SofaScore, foram seis em toda competição. Dois só na última partida, contra o Atlético-GO.
Enquanto o ataque também não tem ajudado. Além de ter balançado as redes apenas cinco vezes no mesmo período, contra o Inter, por exemplo, o time perdeu ao menos três gols na pequena área.
Destaques
Para vencer mais uma no Brasileirão, o Fluminense vai precisar ficar de olho principalmente em Lucas Crispim, do Fortaleza. Um dos destaques do time com um gol e três assistências nos últimos sete jogos, o meia que atua pelo lado esquerdo fez falta enquanto cumpria suspensão pelo terceiro cartão amarelo diante do Dragão na Arena Castelão.

Embora não esteja vivendo sua melhor fase — assim como o restante do Fortaleza — o Tricolor também vai precisar ter atenção com Yago Pikachu. O ex-jogador do Vasco lidera em participações em gols, com cinco gols marcados e cinco assistências. Além disso, aparece empatado com Crispim e David como jogadores com maior número de grandes chances criados, e o segundo em passes decisivos, de acordo com dados do SofaScore. Em contrapartida, também é quem mais desperdiça grandes chances.
Já na defesa, destaque para para Marcelo Benevenuto. O ex-zagueiro do Botafogo lidera em interceptações, com 2,0 por jogo, e é o segundo com maior média de cortes no Brasileirão, com 5,3.
ST