“Conseguimos entrar para a história” diz Andressinha, capitã da equipe sub-18 tricolor, em entrevista

Na noite de domingo (28), Andressa Magalhães, capitã do time campeão do Brasileirão Feminino sub-18 de 2020, participou de uma entrevista no Debate Esportivo Metropolitano. No programa, a atleta falou sobre a emoção de conquistar o título inédito, contou dos bastidores do campeonato, falou sobre a sua trajetória no futebol e o desejo de vestir a camisa da Seleção Brasileira.

A lateral direita conta que sempre foi fanática por futebol e que sempre teve o apoio de seu pai. Iniciou sua “carreira” no futsal, entrando nos gramados somente mais velha e que foi quando decidiu que queria ser jogadora. No início, teve que lidar com muito preconceito e insegurança por jogar somente com meninos, mas que hoje reconhece seu papel como mulher e atleta, e responde isso com muito trabalho dentro de campo.

Quando perguntada sobre seus ídolos, apontou a rainha Marta, por tudo que fez e faz pelo futebol feminino e por representar tão bem as mulheres em campo. Além dela, confessou também ser fã do futebol de Neymar Jr.

Sobre o título, a Andressinha falou:

– Eu fui a capitã do time desde o início da competição. Desde antes da gente viajar, o treinador falou pra mim que eu seria a capitã e levantaria a taça. Em todos os jogos eu vinha crendo nisso e isso me inspirou em buscar o título com a equipe. Quando eu levantei (a taça)… Foi uma sensação muito boa. Ninguém esperava aquele momento, mas tínhamos ensaiado sim. – contou sobre a festa que fizeram no gramado – por tudo que a gente passou nesse Brasileiro, aquilo foi um sonho. Desde o começo a gente buscava isso, quando se realizou, todas ficaram maravilhosamente agradecidas com a sensação. – completou.

Comentou que o diferencial da equipe foi a confiança que tinham umas nas outras. Apesar das desconfianças externas e das dificuldades, foram esses obstáculos que deram mais força para que as meninas conquistassem o título inédito. Poucos dias após a conquista, houve uma cerimônia na Sala de Troféus do clube. Na presença do presidente Mario Bittencourt e de toda a comissão técnica, a taça foi colocada ao lado das demais. Andressinha comentou sobre o momento:

– Na primeira final, nas Laranjeiras, a preleção foi na Sala de Troféus. E foi assim: vocês estão vendo esses troféus que estão aqui? Então, basta a gente querer que o nosso estará também. Acho que isso motivou muito a gente e na semana que chegamos com o troféu lá, a sensação foi só chorar. Daqui a 10 anos, vamos chegar e ver: campeão Brasileiro Feminino sub-18, o primeiro troféu na história do futebol feminino do Fluminense. Está eternizado. Conseguimos entrar para a história.