A palavra é: Versatilidade

Compartilhe

Fernando Diniz começa a desdobrar seus métodos de jogo. Pelo menos é o que se percebe nas duas últimas partidas, realizadas pela equipe diante de Peñarol e Inter (Copa Sul-Americana e Brasileirão, respectivamente). Seu time começou a dar impressão de que as variações na forma de jogar estão vindo por aí. E que bom! Talvez fosse esse um dos principais pontos onde o Flu precisava evoluir.

Contra o Peñarol, percebemos a saída de bola da defesa para o ataque de forma mais profunda, direta, em alguns momentos. Não que fossem os chutões e a briga pela segunda bola, mas realmente passes e lançamentos mais agudos, procurando jogadores para uma saída mais rápida para  ataque. Talvez até pela dificuldade que Muriel tem em fazer o jogo com os pés, que o treinador exige de seus goleiros, talvez por ter entendido que nem todas as jogadas tem que começar da mesma forma. Mas o futebol de toques ainda predomina, e que bom!

Contra o Inter  vimos isso e além. Conversando com Daniel, na saída do jogo, ele confirmou que Diniz quer ver versatilidade do time, cobrando que as jogadas sejam finalizadas. No segundo tempo, sobretudo, vimos um time que arriscava mais os chutes de média distância, e com cruzamentos mais certeiros na área adversária – fizemos 1, mas poderíamos ter feito 3, 4 – isso é treino, e que bom:

Você conhece nosso canal no YoutubeClique e se inscreva! Siga também no Instagram

– Ele (Diniz) vem cobrando muito mais do nosso time versatilidade. A gente fica muito com a bola, mas não cruza, acaba não finalizando a jogada. Ele vem aperfeiçoando isso, vem treinando durante a semana, e o nosso time espera tentar melhorar. Já conseguimos melhorar, mas agora é trabalhar ainda mais – disse Daniel, na zona mista do Maraca.

E já percebemos essa melhora. É nítido que Diniz variou sua forma de jogar, contra o mesmo adversário, num mesmo jogo. Saber fazer um ferrolho la atrás, e sair nos contra-ataques, é uma arma mortal. Mais ainda se considerarmos que temos atacantes rápidos, que sabem fazer pivô, e meias capazes de passes primorosos para deixá-los em condições de marcar. Fechar a casinha, marcar com inteligência e ocupação de espaços, faz parte do jogo e precisávamos aprender a jogar assim.

Não que eu seja a favor desse sofrimento todo, em todos os jogos. Mas quer exemplo maior do que a eficiência desse “estilo” do que Muricy em 2010?

O Flu joga bem. E isso é uma constatante. E jogar bem nos aproxima sempre da vitória, pelo menos mais do que jogar mal. Mas a grande questão é que o jogo pode apresentar, em dados momentos, características diferentes, seja pela pressão no ou do adversário, seja pelo placar, posição na tabela e etc.

Nos faltava mais definição das jogadas, chutes a meia distância e alternar a forma de jogar ao longo das partidas. Agora, é azeitar a máquina, subir na tabela do Brasileiro. Ah, o título da Sula está logo ali. Bora ir buscar?

ST

Washington de Assis


Compartilhe